terça-feira, 5 de abril de 2011

-Apostila Lpt II. Pedg. 2011com Fonte

APOSTILA LPT II 1/2011

-Apostila Lpt II. Pedg. 2011com Fonte

APOSTILA LPT II - 1/2011

-Apostila Lpt II. Pedg. 2011com Fonte

APOSTILA LPT II 1/2011

http://pt.scribd.com/full/52342943?access_key=key-2u4vr8dofmn7pdsk3an

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

CENTRAL DE NOTÍCIAS - PEDAGOGIA

Alunos de Pedagogia são aprovados em concurso público
Data: 24-08-2010
Fonte: UNINOVE
Por: UNINOVE

UNINOVE tem 14 alunos aprovados para atuar no Ensino Fundamental I e na Educação Infantil
Durante todo um ano, Luciana dos Santos Brasileiro, estudante do 6º semestre do curso de Pedagogia da UNINOVE, atuou na área de Educação para o Trânsito, até ingressar como aluna pesquisadora no Projeto Bolsa Alfabetização, programa articulado ao Ler e Escrever, da Secretaria Estadual da Educação, que possibilita ao universitário ser colaborador do professor na tarefa de acompanhar o avanço dos alunos da rede pública estadual na leitura e na escrita. O esforço e o comprometimento com os estudos, no entanto, a fizeram dar um salto ainda maior: em fevereiro deste ano, Luciana prestou concurso público e foi aprovada para o cargo de professor de Educação Infantil, da Prefeitura de São Paulo. O resultado não poderia ser diferente.

“Obtive a classificação 149 entre mais de 8 mil aprovados e não realizei nenhum tipo de cursinho preparatório, tão pouco fiz do momento da prova uma loteria (quando escolhemos a alternativa por ‘uni duni tê’). Eu li todas as questões e tentei responder de acordo com as discussões que tive na universidade. É claro que nem tudo que estava sendo cobrado na prova eu já tinha estudado, afinal, estava iniciando o 5º semestre no momento do concurso, mas busquei responder de acordo com o conhecimento que estou adquirindo no curso de Pedagogia”, explicou.

Luciana é apenas um dos 14 alunos da UNINOVE aprovados no mesmo concurso para as áreas de Ensino Fundamental I e Educação Infantil. Entre eles também está Ana Carolina Nery Barbosa, que se formou em julho deste ano e já traça planos para a carreira. “A Pedagogia é uma área ampla, no começo da Graduação eu não tinha um rumo definido, mas agora, depois de muito estudo, troca de experiências e relatos positivos, pretendo lecionar na Prefeitura de São Paulo e na universidade”, contou.

Essa conquista é mais uma prova de que a educação de qualidade aliada ao empenho individual capacita e contribui para a efetivação dos objetivos de ingressar no mercado de trabalho e obter uma posição de destaque na área escolhida. Para Luciana, o importante é sempre estar “antenado” ao que acontece no mundo e se atualizar constantemente. “O conhecimento não vem apenas de discussões tidas nos momentos de aula, mas também do aproveitamento das oportunidades que o convívio com os professores proporciona. Aprendo nas conversas durante um café e nas reuniões de orientação da monitoria e de estágio”, disse.

Para oferecer o melhor aos seus alunos, o curso da UNINOVE atende às necessidades e expectativas do mercado educacional e é bem conceituado pelo Ministério da Educação (MEC), garantindo aos seus formados o direito de exercer o magistério na Educação Infantil e na primeira fase do Ensino Fundamental e de participar na gestão de instituições de ensino, contribuindo nas várias etapas do projeto pedagógico.

Confira os aprovados:
Ana Carolina Nery Barbosa – Ensino Fundamental I e Educação Infantil
Sara Leticia Martiniano da Silva – Educação Infantil
Nicola Mara Marques Machado – Ensino Fundamental I e Educação Infantil
Viviane Costa Arake Francisco – Ensino Fundamental I e Educação Infantil
Leonor Brunelli – Educação Infantil
Débora da Silva Falcão – Educação Infantil
Renata Ramos Viana – Educação Infantil
Agatha M. S. Fonseca – Educação Infantil
Patricia Viana dos Santos – Educação Infantil
Michele Rocha de Souza – Ensino Fundamental I e Educação Infantil
Marileide Rodrigues de Oliveira – Educação Infantil
Leticia Vieira da Silva Gomes – Educação Infantil
Ive Domitilia Bersogli – Educação Infantil
Luciana dos Santos Brasileiro – Educação Infantil.
Silmara Cristina
Aux. de Atendimento/ Marketing
Universidade Nove de Julho - UNINOVE
silmaracristina@uninove.br
(11) 2633-9146
www.uninove.br

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

ACESSEM

FIQUE POR DENTRO!


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

MODELO DE CURRÍCULO SIMPLES

Cristiane Moreira Silva
26 anos, brasileira, casada, atualmente empregada.
Dados de Contato
E-mail: crisbq23@yahoo.com.br
Endereço:
Celular:
Comercial:
Graduação
Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC
Tipo do curso: Superior
Curso: Bacharelado em Ciência da Computação
Período: 08/1999 a 07/2003
Experiências Profissionais
Maxxdata Solutions and Technology
Cargo: Consultora em TI
Período: 03/2005 até o momento.
Atribuições do cargo:
Prestar consultoria em Certificação Digital para os clientes.
Demonstrar de Produtos.
Controle de CRM.
Criação de Apresentações Comerciais.
Elaborar/Realizar Treinamento Comercial.
Elaborar/Realizar Treinamento a Clientes.
Auxiliar em Licitações e Pregões Eletrônicos.
Private System Ltda
Cargo: Supervisora de vendas
Período: 07/2004 até 02/2005
Atribuições do cargo:
Responsável pela equipe de vendas.
Atuação direta nas vendas e consultoria a empresários.
Realização de telemarketing ativo.
Participação em projetos de integração das áreas comercial, técnica e
suporte.
Auge Tecnologia e Sistemas
Cargo: Instrutora
Período: 03/2004 até 06/2004
Atribuições do cargo:
Atuação como instrutora de softwares para área educacional.
Representação da empresa, como instrutora, em diferentes regiões do
Brasil.
Responsável pelo suporte dos softwares.
Realização de testes em softwares.
Starcom Informática
Cargo: Gerente / Vendas
Período: 10/2003 a 02/2004
Atribuições do cargo:
Coordenação da área de vendas.
Coordenação da equipe técnica.
Participação no controle financeiro e de estoque.
Realização de telemarketing.
Cargo: Analista técnico de sistemas
Período: 11/2002 a 09/2004
Atribuições do cargo:
Atuação na análise de sistemas para área comercial.
Responsável pelo suporte técnico a softwares.
Realização de testes em softwares.
Cargo: Estagiária de informática
Período: 07/2002 a 10/2002
Atribuições do cargo:
Atuação no suporte a sistemas baseados em Windows.
Participação na montagem e configuração de redes baseadas em
Windows.
Centro de Ensino Superior Aprendiz
Cargo: Estagiária de informática
Período: 03/2002 a 06/2002
Atribuições do cargo:
Responsável pelas aulas de informática.
Atuação no suporte a sistemas baseados em Windows.
Monitoração do tráfego de Internet no laboratório de informática.
Colaboração na análise do Sistema Integrado de Gerenciamento
Aprendiz (SIGA).
Responsável por testes no sistema SIGA.
Cursos e Especializações
Curso “Certificação Digital para AR” – Serpro
Seminário Web “Certificação Digital na Prática” – FISConsultores
1º Encontro SUCESU-MG de Convergência Educacional
Congresso Certificação Digital - Inforuso 2005
Curso Online de Empreendedorismo – Sebrae
Simpósio Latino Americano de Segurança Microsoft
Curso Online de Negociação - Catho

COMO ELABORAR SEU CURRÍCULO?

ACESSEM:
http://www.eventosrh.com.br/dicas/curriculum/menu7.php

sábado, 14 de agosto de 2010

PRA LPT2

COMPREENSÃO DA LEITURA PRA LPT 2

Como faço para compreender um texto?

Compreender é uma forma de reunir duas habilidades:

1)Habilidade de reconhecer as informações dadas pelo autor (vocabulário, a estrutura das frases, organização textual, a relação entre as idéias do texto etc - é conhecer bem a Língua Portuguesa).

2)Habilidade de conhecer, de alguma forma, o assunto o texto (informações prévias, conhecimento de mundo (repertório) sobre o assunto, adquirido em outras leituras, em discussões, em experiências de vida.)


LINGUAGEM TEXTUAL E DADOS DO TEXTO
+
CONHECIMENTO DE MUNDO
_____________________________________________________
COMPREENSÃO


Não há compreensão por causa do:
nível de linguagem usado pelo autor;
assunto é por demais complexo para o momento, exigindo informações prévias que ainda não temos.


ERROS CLÁSSICOS DE COMPREENSÃO:

Extrapolação: ir além dos limites do texto, indevidamente acrescentar elementos desnecessários à compreensão;

Redução: abordar apenas uma parte, um aspecto do texto, quebrar o conjunto, isolar o texto do contexto;

Contradição: chegar a uma conclusão contrária à do texto, perder passagens do desenvolvimento, inverter o seu sentido.


EXEMPLO

“O que podemos experimentar de mais belo é o mistério. Ele é a fonte de toda a arte e ciência verdadeira. Aquele que for a alheio a essa emoção, aquele que não se detém a admirar as coisas, sentindo-se cheio de surpresas, esse já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. O que fez nascer a religião foi essa vivência do misterioso – embora mesclado de terror. Saber que existe algo insondável, sentir a presença de algo profundamente racional e radiantemente belo, algo que compreendemos apenas em forma muito rudimentar – é essa experiência que constitui a atitude genuinamente religiosa. Neste sentido, e unicamente neste sentido, pertenço aos homens profundamente religiosos.” (Albert Einstein – como vejo o mundo)

Extrapolação: o texto fala sobre a importância de Deus e da religião, e sobre o mistério da criação do universo; o texto afirma que todo cientista precisa ser artista e religioso, para poder compreender a natureza.

Redução: o texto afirma que o terror fez nascer a religião; o texto afirma que a nossa compreensão dos fenômenos é ainda muito elementar.

Contradição: o texto afirma que quem experimenta o mistério está com os olhos fechados e não consegue compreender a natureza; o texto afirma que a experiência do mistério é um elemento importante para a arte, não para a ciência.

COMPREENSÃO CORRETA:
A beleza da experiência do mistério;
A emoção do mistério como raiz da ciência e da arte;
O homem incapaz de sentir essa emoção está com os olhos mortos;
A caracterização dessa vivência: saber e sentir que existe algo – belo e racional – que compreendemos apenas rudimentarmente;
O sentido em que o autor se considera uma pessoa religiosa (e unicamente nesse sentido).

TIPOLOGIA TEXTUAL – NOÇÕES BÁSICAS - DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO E DISSERTAÇÃO




DESCRIÇÃO
A descrição é um texto, literário ou não, em que predominam verbos de estado e adjetivos que caracterizam pessoas, ambientes e objetos. É muito raro encontrarmos um texto exclusivamente descritivo. Quase sempre a descrição vem mesclada a outras modalidades, caracterizando uma personagem, detalhando um cenário, um ambiente ou paisagem, dentro de um romance, conto, crônica ou novela.
Assim, a descrição pura geralmente aparece como parte de um relatório técnico, como no caso da descrição de peças de máquinas, órgãos do corpo humano, funcionamento de determinados aparelhos (descrição de processo).
Dessa maneira, na prática, seja literária ou técnico-científica, a descrição é sempre um fragmento, é um parágrafo dentro de uma narração, é parte de um relatório, de uma pesquisa, de dissertações em geral.
Mas o estudante precisa aprender a descrever; a prática escolar assim o exige. Geralmente pede-se u texto menor que a narração ou a dissertação. Um texto descritivo com aproximadamente 15 linhas costuma conter todos os aspectos caracterizados que permitam ao leitor visualizar o ser ou objetivo descrito. Para tanto, o observador deve explorar as sensações gustativas, olfativas, auditivas, visuais, táteis e impressões subjetivas.
O que se descreve
Podemos descrever o que vemos (aquilo que está próxima), o que imaginamos (aquilo que conhecemos mas não está próximo no momento da descrição) ou o que nossa imaginação cria, qualquer entid ade inventada: um ser extraterreno, uma mulher que você nunca viu, uma futurista, um aparelho inovador etc.
Como se descreve
De acordo com os objetivos de quem escreve, a descrição pode privilegiar diferentes aspectos:
• pormenorização – corresponde a uma persistência na caracterização de detalhes;
• dinamização – é a captação dos movimentos de objetivos e seres;
• impressão – são os filtros da subjetividade, da atividade psicológica, interpretando os elementos observados.
A organização da descrição
No processo de composição de uma redação descritiva, o emissor seleciona os elementos organiza para levar o receptor a formar ou conhecer a imagem do objetivo descrito, isto é, a concebê-lo sensorial ou perceptualmente.
A descrição é fundamentalmente espacial. Eventualmente pode aparecer um índice temporal, porém sua função é meramente circunstancial, serve apenas para precisar o registro descritivo.




NARRAÇÃO
Definição
Narrar é contar uma história (real ou fictícia). O fato narrado apresenta uma seqüência de ações envolvendo personagens no tempo e no espaço.
São exemplos de narrativas a novela, o romance, o conto, ou uma crônica; uma notícia de jornal, uma piada, um poema, uma letra de música, uma história em quadrinhos, desde que apresentam uma sucessão de acontecimentos, de fatos.
Situações narrativas podem aparecer até mesmo numa única frase. Exemplos: O menino caiu. “Minha sogra ficou avó.” (Oswald de Andrade). Repare que a última frase resume ações que envolvem o casamento, a maternidade e a transformação da sogra em avó.
Estrutura da narração
Convencionalmente, o enredo da narração pode ser assim estruturados: exposição (apresentação das personagens e/ou do cenário e/ou da época), desenvolvimento (desenrolar dos fatos apresentando complicação e clímax) e desfecho (arremate da trama).
Entretanto, há diferentes possibilidades de se compor uma trama, seja iniciá-la pelo desfecho, construí-la apenas através de diálogos, ou mesmo fugir ao nexo lógico de episódios.
Escritores (romancistas, contistas, novelistas) não compões um texto estritamente narrativo. O que eles produzem é um tecido literário em que aparecem, além da narração, segmentos descritivos e dissertativos.
As narrativas mais longas podem explorar mais detalhadamente as noções de tempo – cronológico (marcado pelas horas, por datas) ou psicológico (marcado pelo fluxo do inconsciente) – e de espaço (cenário, paisagem, ambiente).
O envolvimento de várias personagens e os múltiplos núcleos de conflito em torno de uma situação também são comuns nas narrativas extensas.
Portanto, oferecer ao aluno um painel de narrações literárias (romances, novelas, contos) como modelo é distanciar-se da finalidade prática da redação escolar, mas alguns textos são exemplares para ilustrar procedimentos narrativos.
Elementos básicos da narração
São elementos básicos da narração: enredo (ação), personagem, tempo e espaço.
Quando a história é curta, como na narração escolar, são imprescindíveis: enredo e personagens. A perspectiva de quem escreve é dada pelo foco narrativo ( de 1ª ou 3ª pessoa). Os discursos (direto, indireto e indireto livre) representam a fala da personagem.
DISSERTAÇÃO
Introdução
      Produzir um texto dissertativo, ou dissertação, consiste em defender uma idéia. É a defesa de uma tese -- proposição que se apresenta com o objetivo de convencer quem lê, ou seja, o leitor. Para se alcançar tal objetivo, a organização da dissertação é fundamental. Existem, portanto, algumas instruções, as quais favorecem o ato da escrituração, que você poderá verificar agora.
      O tema e o título são, com muita freqüência, empregados como sinônimos. Contudo, apesar de serem partes de um mesmo tipo de composição, são elementos bem diferentes. O tema é o assunto, já delimitado, a ser abordado; a idéia que será por você defendida e que deverá aparecer logo no primeiro parágrafo. Já o título é uma expressão, ou até uma só palavra, centrada no início do trabalho; ele é uma vaga referência ao assunto (tema). Veja a diferença entre os dois nos exemplos abaixo:
      Título: A cidade e seus problemas
      Tema: A cidade de São Paulo enfrenta atualmente grandes problemas.
      Título: A importância da Península Arábica
      Tema: Entendemos que a comunidade internacional deva preocupar-se com os acontecimentos que envolvam a Península Arábica, já que grande parte do petróleo que o mundo consome sai desta região.
      Título: A criança e a televisão
      Tema: Psicólogos do mundo todo têm se preocupado com a influência que determinados programas de televisão exercem sobre as crianças.
      Título: As contradições na era da comunicação
      Tema: Vivendo a era da comunicação, o homem contemporâneo está cada vez mais só.
      Note que o tema, na verdade, como já mencionamos acima, é a delimitação de determinado assunto. Isso é necessário, pois um assunto pode ser muito extenso e, nesse caso, ao abordá-lo, você poderá se perder em sua extensão. Peguemos o assunto "ensino" como exemplo. Há muito o que escrever sobre ele, por isso convém delimitá-lo. Desse modo, obtém-se o tema. Logo, para cada assunto, há inúmeros temas.
      Da mesma forma, quando os títulos são generalizados, abre-se um leque de temas a serem desenvolvidos. Para o título "A criança e a televisão", por exemplo, podemos definir um outro tema, como "A criança se encanta com os novos programas de TV criados especialmente para elas", ou ainda "Os pais, envoltos com seus problemas, não perceberam ainda o perigo da televisão para as suas crianças".
      O importante é você usar a criatividade até mesmo no título de sua redação. Pense no título após o rascunho estar ponto, fica mais fácil. Assim, o estudante não se torna escravo do título.
      OBSERVAÇÕES:
      Quando você participar de algum concurso ou teste e tiver de fazer uma dissertação, observe a proposta e/ou instruções. Muitas vezes, já vem explicitado o tema ou título; às vezes, é sugerido apenas o assunto. O item que faltar, cabe a você elaborar.
      O aspecto estético também é avaliado em qualquer teste. Com relação ao título e ao tema há algumas regras importantes: o título deve ser colocado no centro da folha, logo no início de sua dissertação, com inicial maiúscula; uma linha é suficiente para separar o título do corpo de sua redação. Nada mais deve ser acrescentado, principalmente algo que seja óbvio, do tipo "Título:"; comece diretamente pelo título (expressão escolhida por você para dar nome a sua redação), conforme orientações acima

UNIDADE 12
IDENTIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS, DOS ARGUMENTOS E DAS CONCLUSÕES DO TEXTO
Algumas definições:
Assunto: de que fala o texto, idéia ampla e geral, germe a partir do qual se desenvolverão as idéias do texto.
Tema: delimitação do assunto, aspecto a ser abordado, enfoque, tratamento especial dado pelo autor.
Objetivo do texto: para que é escrito o texto, finalidade com que se elabora o texto.
Tese ou frase-núcleo: o que fala o texto expressão verbal de um juízo, afirmação básica, ponto de vista do autor.
Argumentos: provas que sustentam a tese: exemplos, informações que comprovam a tese (dados, fatos).

A FIM DE ou AFIM?

A FIM DE – Com intuito
Nós procuramos a fim de estabelecermos relações comerciais.

AFIM – Com afinidade
São pessoas afins.

ONDE ou AONDE?

ONDE – Usado quando o verbo indica permanência (em que lugar).
Onde está o meu carro?

AONDE – Usado quando o verbo indica movimento (a que lugar).
Aonde você vai agora?

HÁ CERCA DE, ACERCA DE ou CERCA DE?

HÁ CERCA DE – Indica tempo decorrido.
A peça teatral está sendo apresentada há cerca de dois anos.

ACERCA DE – a respeito de.
Falávamos acerca de sua demissão.

CERCA DE – Indica arredondamento (perto de, coisa de, por volta de, em torno de, aproximadamente)
Cerca de 10 mil pessoas compareceram à manifestação.
Obs: Não usar para números exatos. Ex.: “Cerca de 543 pessoas...”

HAJA VISTO ou HAJA VISTA?

A expressão correta é HAJA VISTA, mesmo antes de palavras masculinas.

amos repetir a demonstração. Haja vista o interesse dos participantes.

TAMPOUCO ou TÃO POUCO?

TAMPOUCO – Também não.
Não compareci a festa tampouco ao almoço.

TÃO POUCO – Muito pouco.
Tenho tão pouco tempo disponível para essa tarefa.

A ou HÁ?

A – Preposição, indica tempo futuro, idéia de distância e na expressão a tempo.
Ele chegará daqui a duas semanas.
A cidade fica a 20 km daqui.
Não chegaremos a tempo de ver o espetáculo.

HÁ – Indica tempo decorrido, passado.
Há tempo que não trabalho tanto quanto agora.
Saiu há pouco do Rio de Janeiro.

A PAR ou AO PAR?

A PAR – Estar ciente de, sabedor.
Estou a par do ocorrido.

AO PAR – Termo usado em Operadores de Mercado Financeiro (indica paridade ou igualdade).
O lançamento de ações foi feito ao par (com base no valor nominal).

MENOS ou MENAS?

Forma correta é : “Há menos pessoas aqui do que lá”.

Não esqueça que NÃO existe a forma MENAS.

MÁS, MAS ou MAIS?

MÁS – Ruins.
Essas pessoas são muito más.
MAS – Conjunção coordenativa adversativa: entretanto, porém.
A virtude é comunicável. Mas o vício é contagioso.
MAIS – Antônimo de menos.
O jornal de hoje publicou mais fotos da vencedora do festival.

MAL ou MAU?

MAL – Antônimo de bem.
A criança estava passando mal desde ontem.

MAU – Antônimo de bom.
Houve mau uso dos equipamentos eletrônicos.

AO INVÉS DE ou EM VEZ DE?

AO INVÉS DE – Significa ao contrário de.
Maura, ao invés de Alice, resolveu se dedicar à música.

EM VEZ DE – É o mesmo que em lugar de.
Em vez de José, Carlos esteve presente.

A NÍVEL DE ou EM NÍVEL DE?

A forma A NÍVEL DE dita com tanta propriedade não existe, portanto deve ser eliminada ou substituída por EM RELAÇÃO A, NO QUE DIZ RESPEITO A.

A nível de presidente, eu acredito que...(INCORRETO)
No que diz respeito ao presidente, eu acredito que...(CORRETO)

A expressão EM NÍVEL DE pode ser usada quando for possível estabelecer níveis /patamares em relação ao que se fala.

As decisões tomadas em nível federal (estadual, municipal) poderão ser definitivas.

Obs: Em relação ao mar, aceita-se ao nível do mar ou no nível do mar.

A PRINCÍPIO ou EM PRINCÍPIO?

A PRINCÍPIO – Significa inicialmente, no começo, num primeiro momento.
A princípio havia um homem e uma mulher.

EM PRINCÍPIO – Quer dizer em tese, por princípios, teoricamente.
Em princípio, sou contra a pena de morte.
Ou use simplesmente:
Em tese, sou contra a pena de morte.

EM CORES

O pronunciamento do presidente foi filmado em cores ontem.

Conserta-se TV em cores.

NA RUA

Todos moramos em algum lugar e não a algum lugar.
Roberto residia na rua Augusta.

EM DOMICÍLIO ou A DOMICÍLIO?

O correto é entregas em domicílio. É o mesmo que fazer entregas em casa, no escritório.
Fazemos entregas em domicílio.

Obs.: Só usamos a domicílio com verbos de movimento.
Conduziram o doente a domicílio (melhor: ...ao seu domicílio).
SITO A ou SITO EM?

Nosso escritório situa-se na Avenida Brasil.

DIA-A-DIA ou DIA A DIA?

DIA-A-DIA – Cotidiano.
Isso é freqüente no nosso dia-a-dia.

DIA A DIA – Diariamente.
Suas chances de vitória aumentam dia a dia.

SE NÃO ou SENÃO?

SE NÃO – Pode ser substituído por caso não.
Devolva o relatório se não estiver de acordo.

SENÃO – Pode ser substituído por somente, apenas.
Não vejo outra alternativa senão concordar.

SENÃO – Substantivo, significando contratempo.
O show não teve nenhum senão.
PORISSO ou POR ISSO?

NÃO existe a forma PORISSO.

A forma correta é POR ISSO.

É por isso que você não vai mais errar.

AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A?

AO ENCONTRO DE – Designa uma situação favorável.
Nossas propostas vão ao encontro das atuais tendências do mercado.

DE ENCONTRO A – Dá a idéia de oposição, contrariedade, choque.
Temos pontos de vista diferentes: minhas idéias vão de encontro às suas.

COM CERTEZA OU CONCERTEZA?

Com certeza, é com certeza, separado!

CONTUDO OU COM TUDO?
COM TUDO – Faz referência a algo mencionado anteriormente, invariavelmente acompanhado do pronome ISSO.
Com tudo isso é possível perceber que estudar é essencial!
CONTUDO – Introduz uma idéia oposta ao que foi mencionado anteriormente, pode ser substituído por entretanto, porém, todavia, mas.
Contudo não é possível afirmar que todas as pessoas são felizes.

DERREPENTE OU DE REPENTE?

Só existe a forma DE REPENTE.

INFELIZMENTE OU INFELISMENTE?

Grafa-se infeliz com Z, portanto o advérbio INFELIZMENTE, derivado de infeliz, deve também ser grafado com Z.

OQUE OU O QUE?

Trata-se de uma expressão formada por duas palavras, portanto O QUE.
A falta de desenvolvimento sustentável é O QUE acarreta tantos problemas ao meio ambiente.
QUIS OU QUIS?

O verbo querer deve ser grafado com S, assim:
Eu não QUIS incomodar você. Ele também não QUIS. Talvez os outros QUISESSEM...

AGENTE OU A GENTE?

AGENTE – é substantivo.
Este é o AGENTE 007.
Ele é um AGENTE da Polícia Federal.

A GENTE – forma oral que na linguagem coloquial substitui o pronome NÓS.
- Vocês preferem ir ao cinema ou ao teatro?
- É claro que A GENTE preferi ir ao cinema.

OPNIÃO OU OPINIÃO? / OPITAR OU OPTAR? CORRUPTO OU CORRUPITO?



As formas corretas são OPTAR, OPINIÃO E CORRUPTO.

PRA LPT 1

LÍNGUA E LINGUAGEM E FALA

A Língua pode ser definida como um código formado por signos (palavras) e leis combinatórias usados por uma mesma comunidade.



Por sua vez, a linguagem serve como instrumento de comunicação que faz uso de um código, permitindo, assim, a interação entre as pessoas - é a atividade comunicativa.
As linguagens apresentam características próprias de composição para adequarem-se aos veículos específicos, aos receptores, às épocas e às situações determinadas - são os diversos tipos de linguagem: linguagem de teatro, linguagem de programação, linguagem de cinema, linguagem popular.
Há inúmeros tipos de linguagem: a fala, os gestos, o desenho, a pintura, a música, a dança, o código Morse, o código de trânsito.
As linguagens podem ser organizadas em dois grupos: a linguagem verbal, modelo de todas as outras, e as linguagens não verbais. A linguagem verbal é aquela que tem por unidade a palavra; as linguagens não verbais têm outros tipos de unidade, como o gesto, o movimento, a imagem.
Cada indivíduo pode fazer uso próprio e personalizado da língua, dando origem à fala, embora esta prática deva estar sempre condicionada às regras socialmente estabelecidas da língua.
Nesse sentido convém ressaltar que a colocação das palavras na frase e a mudança de relação entre elas são fatores de mudança de significado. Além disso, a leitura dos sinais de pontuação é também significativa, influenciando todo o significado de um enunciado.







TEXTO VERBAL E NÃO-VERBAL
A capacidade humana ligada ao pensamento que se manifesta por meio de palavras (verbum, em latim) de uma determinada língua caracteriza o texto ou linguagem verbal.
Existem, porém, outras formas de linguagem de que o homem lança mão para representar o mundo, expressar-se, comunicar-se: os gestos, a música, a pintura, a mímica, as cores. Trata-se da linguagem ou do texto não-verbal.
É possível apontar semelhanças e diferenças entre os dois tipos de textos. A análise criteriosa (leitura) dos signos utilizados nos textos não-verbais permite que o sentido seja apreendido e que se estabeleça comunicação, mesmo que a correspondência não seja absoluta e um mesmo tipo de mecanismo assuma contornos específicos em cada tipo de linguagem.
A utilização de recursos não-verbais na comunicação é freqüente e exige que o leitor esteja atento a essas formas de interação que, muitas vezes tomam o lugar dos textos verbais -ou a eles se associam -com o objetivo de produzir sentido de maneira mais rápida e eficiente – é o caso das tabelas, dos gráficos, dos sinais de trânsito, charges
AS DIFERENÇAS ENTRE FALA E ESCRITA

O primeiro mito que deve ser desfeito na relação entre fala e escrita é o de que a fala é o lugar da informalidade, da liberdade, do dizer tudo e da forma que quiser, e a escrita, por sua vez, é o lugar da realização formal, controlada e bem elaborada.
Na verdade, fala e escrita são duas realizações possíveis de uma mesma língua que tanto podem ser elaboradas quanto informais. O que determinará o grau maior ou menor de formalidade é o contexto em que o falante ou escritor estará inserido.
O que existe é uma maior valorização da escrita pela sociedade, justamente pelo fato de esta ser aprendida e desenvolvida em uma instituição social que é a escola. Entretanto, assim como a fala não possui uma propriedade negativa, a escrita também não é uma modalidade privilegiada, ou seja, não existe superioridade de uma modalidade em relação à outra.
As diferenças entre língua oral e língua escrita permitem traçar um quadro contrativo dos componentes básicos dessas modalidades.

Quanto à...
Fala
Escrita
Interação
Interação face a face. Mesmo contexto situacional.
Interação à distância (espaço temporal). Contexto situacional diverso.
Planejamento
Simultâneo ou quase simultâneo à produção.
Anterior à produção.
Criação
Coletiva, administrada passo a passo.
Individual.
Memória
Impossibilidade de apagamento.
Possibilidade de revisão.
Consulta
Sem condições de consulta a outros textos.
Livre consulta.
Reformulação
A reformulação pode ser promovida tanto pelo falante como pelo interlocutor.
A reformulação é promovida apenas pelo escritor.
Acesso
Acesso imediato às reações do interlocutor.
Sem possibilidade de acesso imediato.
Processamento


O falante pode processar o texto, redirecionando-o a partir das reações do interlocutor.
O escritor pode processar o texto a partir das possíveis reações do leitor.
Processo de Criação
O texto mostra todo o seu processo de criação.
O texto tende a esconder o seu processo de criação, mostrando apenas o resultado.
. VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA - FALA E ESCRITA


VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA E NORMA
Como falantes da Língua Portuguesa, percebemos que existem situações em que a língua apresenta-se sob uma forma bastante diferente daquela que nos habituamos a ouvir em casa ou nos meios de comunicação. Essa diferença pode manifestar-se tanto pelo vocabulário utilizado, como pela pronúncia ou organização da frase.
Nas relações sociais, observamos que nem todos falam da mesma forma. Isso ocorre porque as línguas naturais são sistemas dinâmicos e extremamente sensíveis a fatores como, por exemplo, a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de formalidade do contexto. Essas diferenças constituem as variações lingüísticas.
Entre as variedades da língua, há uma que tem maior prestígio: a variedade padrão conhecida também como língua padrão e norma culta. Essa variedade é utilizada nos livros, jornais, textos científicos e didáticos e é ensinada na escola. As outras variedades lingüísticas são chamadas de variedades não padrão.
Observe no quadro abaixo as especificidades de cada variação:


Profissional

No exercício de algumas atividades profissionais, o domínio de certas formas de línguas técnicas é essencial. As variações profissionais são abundantes em termos específicos e têm seu uso restrito ao intercâmbio técnico.



Situacional

As diferentes situações comunicativas exigem de um mesmo indivíduo diferentes modalidades da língua. Empregam-se, em situações formais, modalidades diferentes das usadas em situações informais, com o objetivo de adequar o nível vocabular e sintático ao ambiente lingüístico em que se está.



Geográfica


Há variações entre as formas que a língua portuguesa assume nas diferentes regiões em que é falada. Basta prestar atenção na expressão de um gaúcho em contraste com a de um amazonense. Essas variações regionais constituem os falares e os dialetos. Não há motivo lingüístico algum para que se considere qualquer uma dessas formas superior ou inferior às outras.







Social

O português empregado pelas pessoas que têm acesso à escola e aos meios de instrução difere do português empregado pelas pessoas privadas de escolaridade. Algumas classes sociais, assim, dominam uma forma de língua que goza prestígio, enquanto outras são vitimas de preconceito por empregarem estilos menos prestigiados. Cria-se, dessa maneira, uma modalidade de língua - a norma culta -, que deve ser adquirida durante a vida escolar e cujo domínio é solicitado como modo de ascensão profissional e social.


Também são socialmente condicionadas certas formas de língua que alguns grupos desenvolvem a fim de evitar a compreensão por aqueles que não fazem parte do grupo. O emprego dessas formas de língua proporciona o reconhecimento fácil dos integrantes de uma comunidade restrita. Assim se formam, por exemplo, as gírias, as línguas técnicas. Pode-se citar ainda a variante de acordo com a faixa etária e o sexo.

Do ponto de vista estritamente lingüístico, não há nada nas variedades lingüísticas que permita considerá-las boas ou ruins, melhores ou piores, feias ou bonitas, primitivas ou elaboradas.
Dino Preti, autor e professor da PUC-SP, em reportagem na Folha de S.Paulo, afirma não haver mais linguagens puras ou padrões melhores ou piores. “O que existem são variações. A linguagem culta é ideal em certas condições e, em outras, não. Até palavrão é ideal algumas vezes.” O falante culto, afirma, não é o que conhece a gramática, mas o que sabe se adaptar às variações de linguagem, de acordo com cada situação. “Uma coisa é o especialista usar ‘deletar’ entre colegas, outra é ostentar o fato de ser um técnico em computação.” (Folha de S.Paulo, 24 jun. de 2003.)
Seja na fala seja na escrita, a linguagem de uma pessoa pode variar, ou seja, passar de culta ou padrão à coloquial ou até mesmo à vulgar. O gramático Evanildo Bechara ensina que é preciso ser “poliglota de nossa língua”. Poliglota é a pessoa que fala várias línguas. No caso, ser poliglota do português significa ter domínio do maior número possível de variedades lingüísticas e saber utilizá-las nas mais diferentes situações.
A linguagem culta é aquela utilizada pelas pessoas de instrução, niveladas pela escola. Ela é mais restrita, pois constitui privilégio e conquista cultural de um número reduzido de falantes.
Já a linguagem coloquial pode ser considerada um tipo de linguagem espontânea, ou seja, utilizada para satisfazer as necessidades vitais do falante sem muita preocupação com as formas lingüísticas. É a língua cotidiana, que comete pequenos – mas perdoáveis – deslizes gramaticais.
linguagem vulgar, porém, é própria das pessoas sem instrução. É natural, expressiva, livre de convenções sociais.
DIFICULDADES COM A LINGUAGEM ESCRITA

POR QUE, POR QUÊ, PORQUE OU PORQUÊ?

POR QUE – Utilizado no início de frases interrogativas. Com sentido de razão / motivo pelo(a) qual.
Por que você não foi à festa?
Gostaria de saber por que você não foi à festa.

POR QUÊ – Utilizado no final de frases interrogativas ou quando estiver isolado.
Você não foi à festa, por quê?

PORQUE – Utilizado em respostas, na introdução de causa ou explicação.
Não fui à festa porque estava doente.

PORQUÊ – Com valor substantivo, precedido de determinante. Pode ser substituído por motivo.
Quero saber o porquê de tanta gritaria.

A FIM DE ou AFIM?

A FIM DE – Com intuito
Nós procuramos a fim de estabelecermos relações comerciais.

AFIM – Com afinidade
São pessoas afins.

ONDE ou AONDE?

ONDE – Usado quando o verbo indica permanência (em que lugar).
Onde está o meu carro?

AONDE – Usado quando o verbo indica movimento (a que lugar).
Aonde você vai agora?

HÁ CERCA DE, ACERCA DE ou CERCA DE?

HÁ CERCA DE – Indica tempo decorrido.
A peça teatral está sendo apresentada há cerca de dois anos.

ACERCA DE – a respeito de.
Falávamos acerca de sua demissão.

CERCA DE – Indica arredondamento (perto de, coisa de, por volta de, em torno de, aproximadamente)
Cerca de 10 mil pessoas compareceram à manifestação.
Obs: Não usar para números exatos. Ex.: “Cerca de 543 pessoas...”

HAJA VISTO ou HAJA VISTA?

A expressão correta é HAJA VISTA, mesmo antes de palavras masculinas.

amos repetir a demonstração. Haja vista o interesse dos participantes.

TAMPOUCO ou TÃO POUCO?

TAMPOUCO – Também não.
Não compareci a festa tampouco ao almoço.

TÃO POUCO – Muito pouco.
Tenho tão pouco tempo disponível para essa tarefa.

A ou HÁ?

A – Preposição, indica tempo futuro, idéia de distância e na expressão a tempo.
Ele chegará daqui a duas semanas.
A cidade fica a 20 km daqui.
Não chegaremos a tempo de ver o espetáculo.

HÁ – Indica tempo decorrido, passado.
Há tempo que não trabalho tanto quanto agora.
Saiu há pouco do Rio de Janeiro.

A PAR ou AO PAR?

A PAR – Estar ciente de, sabedor.
Estou a par do ocorrido.

AO PAR – Termo usado em Operadores de Mercado Financeiro (indica paridade ou igualdade).
O lançamento de ações foi feito ao par (com base no valor nominal).

MENOS ou MENAS?

Forma correta é : “Há menos pessoas aqui do que lá”.

Não esqueça que NÃO existe a forma MENAS.

MÁS, MAS ou MAIS?

MÁS – Ruins.
Essas pessoas são muito más.
MAS – Conjunção coordenativa adversativa: entretanto, porém.
A virtude é comunicável. Mas o vício é contagioso.
MAIS – Antônimo de menos.
O jornal de hoje publicou mais fotos da vencedora do festival.

MAL ou MAU?

MAL – Antônimo de bem.
A criança estava passando mal desde ontem.

MAU – Antônimo de bom.
Houve mau uso dos equipamentos eletrônicos.

AO INVÉS DE ou EM VEZ DE?

AO INVÉS DE – Significa ao contrário de.
Maura, ao invés de Alice, resolveu se dedicar à música.

EM VEZ DE – É o mesmo que em lugar de.
Em vez de José, Carlos esteve presente.

A NÍVEL DE ou EM NÍVEL DE?

A forma A NÍVEL DE dita com tanta propriedade não existe, portanto deve ser eliminada ou substituída por EM RELAÇÃO A, NO QUE DIZ RESPEITO A.

A nível de presidente, eu acredito que...(INCORRETO)
No que diz respeito ao presidente, eu acredito que...(CORRETO)

A expressão EM NÍVEL DE pode ser usada quando for possível estabelecer níveis /patamares em relação ao que se fala.

As decisões tomadas em nível federal (estadual, municipal) poderão ser definitivas.

Obs: Em relação ao mar, aceita-se ao nível do mar ou no nível do mar.

A PRINCÍPIO ou EM PRINCÍPIO?

A PRINCÍPIO – Significa inicialmente, no começo, num primeiro momento.
A princípio havia um homem e uma mulher.

EM PRINCÍPIO – Quer dizer em tese, por princípios, teoricamente.
Em princípio, sou contra a pena de morte.
Ou use simplesmente:
Em tese, sou contra a pena de morte.

EM CORES

O pronunciamento do presidente foi filmado em cores ontem.

Conserta-se TV em cores.

NA RUA

Todos moramos em algum lugar e não a algum lugar.
Roberto residia na rua Augusta.

EM DOMICÍLIO ou A DOMICÍLIO?

O correto é entregas em domicílio. É o mesmo que fazer entregas em casa, no escritório.
Fazemos entregas em domicílio.

Obs.: Só usamos a domicílio com verbos de movimento.
Conduziram o doente a domicílio (melhor: ...ao seu domicílio).
SITO A ou SITO EM?

Nosso escritório situa-se na Avenida Brasil.

DIA-A-DIA ou DIA A DIA?

DIA-A-DIA – Cotidiano.
Isso é freqüente no nosso dia-a-dia.

DIA A DIA – Diariamente.
Suas chances de vitória aumentam dia a dia.

SE NÃO ou SENÃO?

SE NÃO – Pode ser substituído por caso não.
Devolva o relatório se não estiver de acordo.

SENÃO – Pode ser substituído por somente, apenas.
Não vejo outra alternativa senão concordar.

SENÃO – Substantivo, significando contratempo.
O show não teve nenhum senão.
PORISSO ou POR ISSO?

NÃO existe a forma PORISSO.

A forma correta é POR ISSO.

É por isso que você não vai mais errar.

AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A?

AO ENCONTRO DE – Designa uma situação favorável.
Nossas propostas vão ao encontro das atuais tendências do mercado.

DE ENCONTRO A – Dá a idéia de oposição, contrariedade, choque.
Temos pontos de vista diferentes: minhas idéias vão de encontro às suas.

COM CERTEZA OU CONCERTEZA?

Com certeza, é com certeza, separado!

CONTUDO OU COM TUDO?
COM TUDO – Faz referência a algo mencionado anteriormente, invariavelmente acompanhado do pronome ISSO.
Com tudo isso é possível perceber que estudar é essencial!
CONTUDO – Introduz uma idéia oposta ao que foi mencionado anteriormente, pode ser substituído por entretanto, porém, todavia, mas.
Contudo não é possível afirmar que todas as pessoas são felizes.

DERREPENTE OU DE REPENTE?

Só existe a forma DE REPENTE.

INFELIZMENTE OU INFELISMENTE?

Grafa-se infeliz com Z, portanto o advérbio INFELIZMENTE, derivado de infeliz, deve também ser grafado com Z.

OQUE OU O QUE?

Trata-se de uma expressão formada por duas palavras, portanto O QUE.
A falta de desenvolvimento sustentável é O QUE acarreta tantos problemas ao meio ambiente.
QUIS OU QUIS?

O verbo querer deve ser grafado com S, assim:
Eu não QUIS incomodar você. Ele também não QUIS. Talvez os outros QUISESSEM...

AGENTE OU A GENTE?

AGENTE – é substantivo.
Este é o AGENTE 007.
Ele é um AGENTE da Polícia Federal.

A GENTE – forma oral que na linguagem coloquial substitui o pronome NÓS.
- Vocês preferem ir ao cinema ou ao teatro?
- É claro que A GENTE preferi ir ao cinema.

OPNIÃO OU OPINIÃO? / OPITAR OU OPTAR? CORRUPTO OU CORRUPITO?



As formas corretas são OPTAR, OPINIÃO E CORRUPTO.

terça-feira, 22 de junho de 2010

LIVRO : LINGUAGEM CORPORAL

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Allan e Barbara Pease
Título original: The Definitive Book of Body Language
Revisão, formatação e adição de imagens por SusanaCap
WWW.PORTALDETONANDO.COM.BR/FORUMNOVO/
Um gesto vale mais do que mil palavras. Provavelmente você já
ouviu esta frase, mas talvez não tenha se dado conta do quanto ela é
verdadeira. Em Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal, Allan
e Barbara Pease esclarecem que 93% da comunicação humana é feita
através de expressões faciais e movimentos do corpo. Quando
aprendemos a prestar atenção em nossa linguagem corporal e a
interpretar corretamente a dos outros, passamos a ter maior controle sobre
as situações, pois podemos identificar sinais de abertura, de tédio, de
atração ou de rivalidade e agir de forma adequada aos nossos objetivos.
Com bom-humor e uma sólida base científica, os autores de Por que
os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? explicam o significado
de gestos que usamos no dia-a-dia, como cruzar os braços, coçar o nariz e
balançar a cabeça, evitando os habituais mal-entendidos causados pela
contradição entre o que dizem nossas palavras e nosso corpo. Este guia
fundamental ensina como melhorar os relacionamentos, aumentando
nossa capacidade de comunicação e de entendimento com as pessoas.
Além disso, você vai descobrir como:
#Causar uma impressão positiva nas pessoas.
#Ser bem-sucedido em entrevistas e negociações.
#Saber se uma pessoa está disponível.
#Criar vínculos rapidamente e obter a cooperação de alguém.
#Tornar-se uma pessoa agradável e sociável. Saber se uma pessoa
está mentindo.
#Ler nas entrelinhas .
#Usar a linguagem corporal para conseguir o que deseja.
#Reconhecer sinais amorosos e jogos de poder.
Não seria fantástico se fôssemos capazes de ler a mente das pessoas?
Em Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal, Allan e Barbara
Pease nos mostram que não é preciso ter poderes mágicos para decifrar a
verdadeira intenção por trás de sorrisos, gestos e expressões faciais. Basta
aprender a interpretar corretamente a linguagem do corpo, identificando
os sinais que demonstram abertura, desprezo, atração, indiferença,
mentira e muito mais.
Baseados em modernas pesquisas científicas, os autores nos ensinam
aler nas entrelinhas e a detectar as contradições entre as palavras e os
gestos das outras pessoas, assim como a controlar os movimentos do
nosso próprio corpo e usá-los para conseguir o que desejamos.
Este é um livro esclarecedor, capaz de aumentar nossa capacidade
de comunicação e de transformar completamente as nossas relações tanto
profissionais quanto pessoais. Você vai aprender os segredos para causar
uma boa primeira impressão e para se sair bem em entrevistas,
negociações e encontros amorosos.
Ao terminar a leitura deste guia, você se sentirá como alguém que
passou a vida inteira tateando dentro de um quarto escuro e, de repente,
uma luz se acendeu e você passou a ver – e entender – tudo claramente.
Índice
1. INTRODUÇÃO
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
2. A INTERPRETAÇÃO DA POSTURA
3. A COMUNICAÇÃO DOS SENTIDOS (O TATO)
4. MOVIMENTOS CORPORAIS
5. O CONJUNTO DE GESTOS
5.1 GESTOS AO INÍCIO DE UMA CONVERSAÇÃO
5.2 RITMOS CORPORAIS
6. OS TERRITÓRIOS E AS ZONAS
6.1 O ESPAÇO PESSOAL
7. GESTOS COM AS MÃOS
7.1 A PALMA DA MÃO
7.2 O APERTO DE MÃOS
7.3 MÃOS COM OS DEDOS ENTRELAÇADOS
7.4 MÃOS EM OGIVA
7.5 MÃOS, BRAÇOS E PULSOS
7.6 OS GESTOS COM O POLEGAR
7.7 AS MÃOS NO ROSTO
8. OS BRAÇOS DEFENDEM
8.1 OS GESTOS COM OS BRAÇOS CRUZADOS
9. EXPRESSÃO FACIAL
9.1 OS SINAIS COM OS OLHOS
10. GESTOS COM AS PERNAS
10.1 CRUZAMENTO DE PERNAS
10.2 CRUZAMENTO DE TORNOZELOS
10.3 CRUZAMENTO DE PÉS
11. OUTROS GESTOS
11.1 AS POSIÇÕES FUNDAMENTAIS DA CABEÇA
11.2 GESTOS DE AGRESSÃO
12. GESTOS DE PAQUERA
12.1 GESTOS MASCULINOS DE PAQUERA
13. CIGARROS E ÓCULOS
13.1 OS GESTOS AO FUMAR
13.2 OS GESTOS COM OS ÓCULOS
14. OS INDICADORES
14.1 OS ÂNGULOS E OS TRIÂNGULOS
14.2 AS TÉCNICAS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
14.3 OS INDICADORES NAS PESSOAS SENTADAS
15. A POSSIBILIDADE DE FINGIR
16. ANÁLISE DA LINGUAGEM GESTUAL
1. Introdução
Alista de definições de "comunicação" é muito grande; virtualmente
cada autor propõe a sua própria. Podemos denominar comunicação ao
processo pelo qual, uns seres, umas pessoas atribuem significados a uns
fatos produzidos e, entre eles muito especialmente ao comportamento dos
outros seres ou pessoas.
Aprimeira condição para que haja comunicação é a presença de um
emissor e um receptor.
Oestudo dos símbolos sempre esteve relacionado com o conceito de
comunicação. Como é natural, a expressão corporal que abrange os
movimentos do corpo e a postura, está relacionada com as características
físicas da pessoa.
Há três classes de movimentos observáveis: os faciais, gesticulares e
os de postura. Embora possamos categorizar estes tipos de movimentos, a
verdade é que estão fortemente entrelaçados, e muito freqüentemente se
torna difícil dar um significado a um, prescindindo dos outros.
Na comunicação verbal, sendo a linguagem o fator mais importante,
reconhecemos que produzimos e recebemos uma quantidade muito
grande de mensagens que não vêm expressas em palavras.
Estas mensagens são os que denominamos não verbais, e vão da cor
dos olhos, comprimento do cabelo, movimentos do corpo, postura, e até o
tom da voz, passando por objetos, roupas, distribuição do espaço e do
tempo.
Oestudo rigoroso desses sistemas de comunicação não começou até
bastante tempo depois da Segunda Guerra Mundial. Isto não quer dizer
que não encontremos alguma referência já nos antigos mundos Grego e
Chinês, ou em trabalhos sobre dança, teatro ou liturgia.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
A comunicação não verbal,
geralmente, mantém uma relação de
interdependência com a interação verbal.
Com freqüência as mensagens não
verbais têm mais significação que as
mensagens verbais.
Em qualquer situação comunicativa,
acomunicação não verbal é inevitável.
Nas mensagens não verbais, prepondera a função expressiva ou
emotiva sobre a referencial.
Em culturas diferentes, há sistemas não verbais
diferentes.
Existe uma especialização de certos
comportamentos para a comunicação.
Oestudo em que se encontra este tipo de busca é o
descritivo.
O conhecimento das formas não verbais de
comunicação serve para converter o encontro com outra
pessoa em uma experiência interessante.
Quando se começou a estudar a comunicação não
verbal, esta era dirigida ao pessoal de vendas, gerentes e
executivos, mas mais tarde se foi ampliando de tal
maneira que toda pessoa, qualquer que seja sua vocação e sua posição
social, pode usá-la para compreender melhor o acontecimento mais
complexo que se apresenta na vida: o encontro cara a cara com outra
pessoa.
2. A interpretação da postura
Para a maioria de nós, a postura é um tema pouco agradável sobre a
maneira como nossa mãe costumava nos repreender. Mas para um
psicanalista a postura de um paciente muitas vezes constitui uma chave
primordial sobre a natureza de seus problemas.
Apostura é a chave não verbal mais fácil de descobrir, e observá-la
pode ser muito interessante.
Com surpreendente freqüência, as pessoas imitam as atitudes
corporais de outras. Dois amigos se sentam exatamente da mesma
maneira, a perna direita cruzada sobre a esquerda, por exemplo, e as mãos
entrelaçadas atrás da cabeça; ou um deles o faz ao contrário, a perna
esquerda cruzada sobre a direita, como se fosse uma imagem refletida em
um espelho. Denomina-se a esse fenômeno posturas congruentes.
Acredita-se que duas
pessoas que compartilham
um mesmo ponto de vista,
acabam compartilhando
também uma mesma postura.
Estudar a postura das
pessoas durante uma
discussão é extremamente
interessante, já que muitas
vezes poderemos detectar
quem está a favor de quem,
antes de que cada um fale.
Observou-se que as pessoas que não se conhecem evitam
cuidadosamente adotar as mesmas posições. A importância da imitação
pode chegar a ser uma das lições mais significativas que podemos
aprender, pois é a forma com que outros nos expressam que coincidem
conosco ou que lhes agradamos. Também é a forma com que
comunicamos aos outros que realmente nos agradam.
Se um chefe deseja estabelecer rapidamente uma boa relação e criar
um ambiente tranqüilo com um empregado, basta copiar a postura deste
para obter seus objetivos.
Da mesma maneira que as posturas congruentes expressam acordo,
as não congruentes podem ser utilizadas para estabelecer distâncias
psicológicas.
Ao ver um casal de jovens sentados um ao lado do outro em um
sofá. A garota está olhando para o moço, que está sentado olhando para
fora, os braços e as pernas como formando uma barreira entre ambos e
este permanece sentado assim durante oito longos minutos e só de tempos
em tempos vira a cabeça para a garota para falar com ela. Ao término
desse tempo entra outra jovem no local e o moço fica de pé e sai com ela;
mediante sua postura tinha estabelecido que a garota que estava sentada a
seu lado não era seu par.
Algumas vezes, quando as pessoas se vêem forçadas a sentar-se
muito juntas, inconscientemente desdobram seus braços e pernas como
barreiras. Dois homens sentados muito juntos em um sofá girarão o corpo
levemente e cruzarão as pernas de dentro para fora, ou porão uma mão ou
um braço para proteger o lado comum do rosto.
Um homem e uma mulher sentados frente a frente a uma distância
muito próxima, cruzarão os braços e talvez as pernas, e se virarão para
trás em seus assentos.
Apostura não é somente uma chave sobre o caráter, é também uma
expressão da atitude. Com efeito, muitos dos estudos psicológicos que se
tem feito sobre a postura, a analisam segundo o que revela a respeito dos
sentimentos de um indivíduo com respeito às pessoas que o rodeiam.
Um investigador observou que quando um homem se inclina
levemente para frente, com as costas um pouco encurvadas,
provavelmente simpatiza com a pessoa que está com ele.
Apostura é, como já dissemos, o elemento mais fácil de observar e
de interpretar de todo o comportamento não verbal. De certo modo, é
preocupante saber que alguns movimentos corporais que tínhamos por
arbitrários são tão circunscritos, previsíveis e, às vezes, reveladores; mas
por outra parte, é muito agradável saber que todo nosso corpo responde
continuamente ao desenvolvimento de qualquer encontro humano.
Por exemplo, os vendedores, em casas de casais casados devem
observar os gestos dos cônjuges para ver quem os inicia e quem os copia.
Se o marido for o que mantém a conversação e a mulher não diz nada,
mas você observa que ele copia os gestos da mulher, descobrirá que é ela
quem decide e assina os cheques, assim, convém ao vendedor dirigir sua
conversa à senhora.
3. A comunicação dos sentidos (o tato)
Otato é o sentido que está presente em todos os outros. A luz e os
aromas nos envolvem.
Nos sentimos muitas vezes embalados pela música. Imaginemos o
que aconteceria a uma criança a quem fosse impedida sua relação por
meio do tato. Possivelmente terminaria sendo uma perfeita inválida.
Nossa pele é usualmente um fiel reflexo de nossas emoções, como o
medo, a ira, o ódio. O tato possui uma classe especial de proximidade,
posto que quando uma pessoa toca a outra, a experiência é totalmente
mútua. A pele fica em contato com a pele, de forma direta ou através da
vestimenta, e se estabelece uma imediata tomada de consciência de ambas
as partes. Esta tomada de consciência é mais aguda quando o contato é
pouco freqüente.
Oque o homem experimenta através da pele é muito mais
importante do que a maioria de nós pensa. Prova disso é o surpreendente
tamanho das áreas táteis do cérebro, a sensorial e a motora.
Os lábios, o dedo indicador e o polegar, sobretudo, ocupam uma
parte desproporcional do espaço cerebral. A experiência tátil, portanto,
deve ser considerada muito complexa e de grande significado. Todo ser
humano está em contato constante com o mundo exterior através da pele.
Apesar de que não é se é consciente disso até que se detém a pensá-lo,
sempre existe, pelo menos, a pressão do pavimento contra a planta do pé,
ou a do assento contra as nádegas.
Na realidade, todo o meio ambiente o afeta através da pele; sente a
pressão do ar, o vento, a luz do sol, a névoa, as ondas acústicas e, algumas
vezes, outros seres humanos.
Otato é provavelmente o mais primitivo dos sentidos. O bebê
recém-nascido explora mediante o tato; é assim que descobre onde
termina seu próprio corpo e começa o mundo exterior. À medida que a
criança cresce, aprende que há objetos e partes de seu próprio corpo e do
das outras pessoas, que se podem tocar e outras que não. Quando o
indivíduo descobre as relações sexuais, na realidade está redescobrindo a
comunicação tátil.
Se se interromper uma conversa, a pessoa que o faz poderá pôr sua
mão no braço de seu interlocutor, já que este gesto poderá ser interpretado
como o pedido de "um momento" e evidentemente faz parte do
mecanismo da conversação.
Também é importante a parte do corpo que se toca. Uma mão que
repousa suavemente sobre um antebraço terá um impacto totalmente
diferente do que teria se colocada sobre um joelho.
Ocontato — pelo menos o mais impessoal — produz-se em todo
nosso entorno, percebamo-lo ou não. Vinculamos o contato físico com o
sexo, exceto quando se nota claramente que não há conexão entre ambos;
por isso o utilizamos escassamente para expressar amizade e afeto.
Nas ruas dos Estados Unidos não é costume ver-se homens nem
mulheres que caminhem de braços dados.
Entretanto, este é um costume bastante comum na América do Sul.
Aos norte-americanos parece um indício de homossexualidade. Até os
pais e filhos maiores têm entre si um contato mais superficial
Otato, o paladar e o olfato são sentidos de proximidade. A audição
eavisão, em troca, podem proporcionar experiências à distância.
4. Movimentos corporais
As investigações a respeito da comunicação humana
freqüentemente descuidaram do indivíduo em si. Não obstante, é óbvio
que qualquer de nós pode fazer uma análise aproximada do caráter de um
indivíduo apoiando-se em sua maneira de mover-se — rígido, desenvolto,
vigoroso,— e a maneira como o faça representará um traço bastante
estável de sua personalidade.
Tomemos por exemplo a simples ação de caminhar. Este só feito nos
pode indicar muitas coisas. O homem que habitualmente pise com força
ao caminhar nos dará a impressão de ser um indivíduo decidido. Se
caminhar ligeiro, poderá parecer impaciente ou agressivo, embora se com
omesmo impulso o faz mais lentamente, de maneira mais homogênea,
nos fará pensar que se trata de uma pessoa paciente e perseverante. Outra
o fará com muito pouco impulso, como se cruzando um gramado
cuidando de não arruiná-lo e nos dará uma idéia de falta de segurança.
Ofato de levantar os quadris exageradamente dá impressão de
confiança em si mesmo; se ao mesmo tempo se produz uma leve rotação,
estamos diante de alguém garboso e desenvolto. Se a isto se adiciona-lhe
um pouco mais de ritmo, mais ênfase e uma figura em forma de violão,
teremos a maneira de caminhar que, em uma mulher, faz os homens se
virarem para olhar, na rua.
Isto representa o "como" do movimento corporal, em contraste com
o"que": não o ato de caminhar em si, mas sim a maneira como é feito; não
oato de estreitar a mão, mas sim a forma de fazê-lo.
Aproporção entre gesto e postura é uma forma de avaliar o grau de
participação de um indivíduo em uma determinada situação. Um homem
que sacode energicamente os braços não parecerá convincente se seus
movimentos não se estendem ao resto do corpo.
Oque importa é a proporção existente entre os movimentos
posturais e os gestuais, mais que o mero número de movimentos posturais.
Um homem pode estar sentado muito quieto, escutando, mas se, ao se
mover, o faz com todo seu corpo, parecerá estar prestando muita atenção;
muito mais que se estivesse continuamente em movimento, jogando
talvez constantemente com alguma parte de seu corpo.
As atitudes corporais refletem as atitudes e orientações persistentes
no indivíduo. Uma pessoa pode estar imóvel ou sentada para a frente de
maneira ativa, ou afundada em si mesma, e assim sucessivamente. Estas
posições ou posturas, e suas variações ou a falta delas, representam a
forma com que alguém se relaciona e orienta com as outras.
Há uma maneira de aprender a controlar a qualidade do movimento?
"Seria como o problema da centopéia. Se alguma vez começasse a
pensar qual pata deve mover primeiro, ficaria totalmente paralisada".
5. O conjunto de gestos
Um dos enganos mais graves que um novato na linguagem do corpo
pode cometer é interpretar um gesto isolado de outros e das
circunstâncias. Coçar a cabeça, por exemplo, pode significar muitas coisas:
caspa, piolhos, suor, insegurança, esquecimento ou mentira, em função de
outros gestos que se façam simultaneamente. Para chegar a conclusões
acertadas, deveremos observar os gestos em seu conjunto.
Como qualquer outra linguagem, o do corpo tem também palavras,
frases e pontuação. Cada gesto é como uma só palavra e uma palavra
pode ter vários significados. Só quando a palavra forma parte de uma
frase, pode se saber seu significado correto.
Apessoa perceptiva é a que lê bem as frases não verbais e as
compara com as expressas verbalmente.
Afigura mostra um conjunto de gestos que
expressam avaliação crítica. O principal é o da
mão no rosto, com o indicador levantando a
bochecha e outro dedo tampando a boca
enquanto o polegar sustenta o queixo.
Outras evidências de que o que escuta
analisa criticamente o que fala, são
proporcionadas pelas pernas muito cruzadas e o
braço cruzado sobre o peito (defesa), enquanto a
cabeça e o queixo estão um pouco inclinados
para baixo (hostilidade). A "frase não verbal" diz
algo assim como "eu não gosto do que está
dizendo e não estou de acordo".
Aobservação dos grupos de gestos e a congruência entre os canais
verbais e não verbais de comunicação são as chaves para interpretar
corretamente a linguagem do corpo.
Além de considerar o conjunto dos
gestos e de ter em conta a congruência
entre o que é dito e o movimento corporal,
todos os gestos devem ser considerados
dentro do contexto em que se produzem.
Por exemplo, se alguém estiver de pé na
parada do ônibus, com os braços e as
pernas cruzados e o queixo baixo, em um
dia de inverno, o mais provável é que
tenha frio e não que esteja na defensiva.
Mas se essa pessoa faz os mesmos gestos
quando está sentada em frente a um
homem, com uma mesa entre os dois, e
esse homem está tentando convencer o
outro de algo, de lhe vender uma idéia,
um produto ou um serviço, a
interpretação correta é que a pessoa está na defensiva e com atitude
negativa.
Avelocidade de alguns gestos e o modo como se tornam óbvios
para os outros está relacionada com a idade dos indivíduos.
Se uma menina de cinco anos diz
uma mentira a seus pais, tapará
imediatamente a boca com uma ou as duas
mãos. O gesto indica aos pais que a
menina mentiu e esse gesto continua sendo
usado toda a vida, variando somente sua
velocidade.
Quando
a adolescente
diz uma
mentira,
também leva a mão à boca como a menina de
cinco anos, mas, em lugar de tapá-la
bruscamente, seus dedos como que roçam sua
boca.
Ogesto de tapar a boca se torna mais
refinado na idade adulta.
Quando o adulto diz uma mentira, o
cérebro ordena à mão que tampe a boca
para bloquear a saída das palavras falsas,
como ocorria com a menina e a adolescente,
mas no último momento, tira a mão da
boca e o resultado é um gesto tocando o
nariz. Esse gesto não é mais que a versão
refinada, adulta, do gesto de tampar a boca
que se usou na infância. Isto serve de
exemplo para mostrar que quando um
indivíduo se faz maior, muitos de seus
gestos se tornam mais elaborados e menos óbvios. É mais difícil identificar
as atitudes de quem os faz.
5.1 GESTOS AO INÍCIO DE UMA CONVERSAÇÃO
Oencontro é um momento fundamental da conversa e, a partir dele,
desencadeia-se uma série de estratégias através de sutis negociações não
verbais que têm lugar dos primeiros momentos. Os primeiros 15 a 45
segundos são fundamentais, já que representam a afirmação de uma
relação que preexista ou uma negociação.
Aquelas pautas de comportamento comunicativo, aquelas regras de
interação que pomos em funcionamento para expressar ou negociar a
intimidade, são as que fazemos para fazer saber a uma pessoa se nós
gostarmos dela ou não. E raramente fazemos isso de maneira verbal.
5.2 RITMOS CORPORAIS
Cada vez que uma pessoa fala, os movimentos de suas mãos e dedos,
as sacudidas de cabeça, os piscadas, todos os movimentos do corpo
coincidem com o compasso de seu discurso.
Esse ritmo se altera quando há enfermidades ou transtornos
cerebrais.
6. Os territórios e as zonas
6.1 OESPAÇO PESSOAL
6.1.1 Distâncias zonais
Oraio ao redor do indivíduo branco de classe média que vive na
Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra ou América do Norte pode dividir-se
em quatro distâncias zonais bem claras:
-Zona íntima (de 15 a 45 cm) É a mais importante e é a que a pessoa
cuida como sua propriedade. Só se permite a entrada aos que estão muito
perto emocionalmente da pessoa, como o amante, pais, filhos, amigos
íntimos e parentes.
-Zona pessoal (entre 46cm e 1,22 metros): é a distância que separa as
pessoas em uma reunião social, ou de escritório, e nas festas.
- Zona social (entre 1,22 e 3,6 metros): essa é a distância que nos
separa dos estranhos, do encanador, de quem faz reparos na casa, dos
fornecedores, das pessoas que não conhecemos bem.
-Zona pública (a mais de 3,6 metros): é a distância cômoda para nos
dirigir a um grupo de pessoas.
Embora toleremos intrusos na zona pessoal e social, a intromissão
de um estranho na zona íntima ocasiona mudanças fisiológicas em nossos
corpos. Por isso rodear com o braço os ombros de alguém que se acaba de
conhecer, embora seja de maneira muito amistosa, pode fazer que a
pessoa tome uma atitude negativa em relação a você.
Aaglomeração nos concertos, elevadores, ônibus, ocasiona a
intromissão inevitável nas zonas íntimas de outras pessoas. Há uma série
de regras não escritas que os ocidentais respeitam fielmente quando se
encontram nestas situações, como por ex.:
Não é correto falar com ninguém, nem sequer com alguém
conhecido.
Deve-se evitar encarar as pessoas.
Deve-se manter "cara de paisagem", totalmente inexpressiva.
Se carregar um livro ou um jornal, simulará estar lendo.
Quanto mais pessoas houver no lugar, menos movimentos deve
efetuar.
Nos elevadores se deve ficar olhando o painel indicador dos andares.
6.1.2 Os rituais do uso do espaço
Quando uma pessoa procura espaço entre estranhos o faz sempre
procurando o maior espaço disponível entre dois espaços ocupados e
reclamar a zona do centro. No cinema, escolherá um assento que esteja na
metade do caminho entre a extremidade da fila e o da pessoa que esteja
sentada. O propósito deste ritual é não incomodar as outras pessoas
aproximando-se ou afastando-se demais delas.
Adistância normal para observar entre habitantes urbanos.
Aatitude negativa de uma mulher sobre cujo território um homem
tenha avançado: anda para atrás para manter uma distancia confortável.
6.1.3 Zonas espaciais urbanas e rurais
Os que cresceram em zonas rurais
pouco povoadas precisam de mais espaço
que os que cresceram em lugares
densamente povoados. Observar o quanto
alguém estende o braço para dar a mão dá
achave para saber se foi criada na cidade
ou no campo. O habitante da cidade tem
sua área privativa de 46 cm, e até essa distância estende o braço para
saudar.
Apessoa criada no campo pode ter seu espaço pessoal de 1 metro ou
mais e até essa distância estenderá a mão.
7. Gestos com as mãos
Éuma antiga brincadeira dizer que "Fulano ficaria mudo se lhe
atassem as mãos".
Entretanto, é certo que todos ficaríamos bastante incomodados se
tivéssemos que renunciar aos gestos com que tão freqüentemente
acompanhamos e ilustramos nossas palavras.
Amaioria das pessoas são conscientes dos movimentos das mãos
dos outros, mas geralmente os ignoram, encarando-os como não se
tratando de mais do que gestos sem sentido. Entretanto, os gestos
comunicam. Às vezes, contribuem para esclarecer uma mensagem verbal
pouco clara.
7.1 APALMA DA MÃO
Ogesto de exibir as palmas das mãos sempre foi associado com a
verdade, a honestidade, a lealdade e a deferência. Muitos juramentos são
efetuados colocando a palma da mão sobre o coração; a mão se levanta
com a palma para fora quando alguém declara em um tribunal; diante dos
membros do tribunal, a Bíblia é sustentada com a mão esquerda e se
levanta a palma direita.
Na vida cotidiana, as pessoas usam duas posições fundamentais das
palmas das mãos: palmas para cima na posição do mendigo que pede
dinheiro ou comida, e a outra é a das palmas para baixo como se tratasse
de se conter, de manter algo. Quando alguém deseja ser franco e honesto,
levanta uma ou ambas as palmas para a outra pessoa e diz algo assim
como: "vou ser franco com você".
Quando alguém começa a confiar
em outro, expor-lhe as palmas ou
partes delas é um gesto inconsciente
como quase todas as linguagens do
corpo, um gesto que proporciona ao
que o vê a sensação ou o
pressentimento de que estão lhe
dizendo a verdade.
Há três gestos principais de
gestos com as palmas: a palma para
cima (já comentada), para baixo e a
palma fechada com um dedo
apontando em uma direção.
Apalma para cima é um gesto não
ameaçador que denota submissão.
Quando alguém coloca a palma para
baixo adquire imediatamente autoridade.
Apessoa receptora sente que está lhe
dando uma ordem.
Apalma fechada em um punho, com
odedo assinalando a direção, é o plano
simbólico com que um ordena ao que o
escuta para fazer que lhe obedeça.
7.2 OAPERTO DE MÃOS
Apertar as mãos é um vestígio que ficou do homem das cavernas.
Quando dois cavernícolas se encontravam, levantavam os braços com as
palmas à vista para demonstrar que não escondiam nenhuma arma.
Com o transcorrer dos séculos, esse gesto de exibição das palmas foi
transformando-se em outros como o da palma levantada para a saudação,
apalma sobre o coração e muitos outros.
Aforma moderna desse ancestral gesto de saudação é estreitar as
palmas e sacudi-las. No Ocidente se pratica essa saudação ao encontrar-se
eaodespedir-se.
7.2.1 Apertos de mãos submissos e dominantes
Tendo em conta o que já foi dito sobre a força de uma petição feita
com as palmas para cima ou para baixo, estudemos a importância dessas
posições no aperto de mãos.
Suponhamos que acabam de nos apresentar a alguém e se realiza
um aperto de mãos. Três atitudes podem transmitir-se no aperto:
Aatitude de domínio: "Esse indivíduo está tentando me submeter.
Vou estar alerta."
Aatitude de submissão:"Posso fazer o que quiser com essa pessoa."
Eaatitude de igualdade:"Eu gosto, nos daremos bem."
Essas atitudes se transmitem de forma inconsciente mas, com a
prática e a aplicação conscientes, as seguintes técnicas para estreitar a mão
podem ter um efeito imediato no resultado de um encontro com outra
pessoa.
Odomínio se transmite quando a palma (a da manga escura na
figura) fica para baixo.
Não é necessário que a palma fique para o chão; basta com que
esteja para baixo sobre a palma da outra pessoa. Esta posição indica para
um que o outro quer tomar o controle dessa reunião.
Ocontrário do aperto dominante é oferecer a mão com a palma para
cima. Esse gesto resulta especialmente efetivo quando se deseja ceder ao
outro o controle da situação, ou lhe fazer sentir que o tem.
Quando duas pessoas dominantes se estreitam as mãos tem lugar
uma luta simbólica, já que cada uma tenta pôr a palma da outra em
posição de submissão. O resultado é um aperto de mãos vertical no qual
cada um transmite ao outro um sentimento de respeito e simpatia.
7.2.2 Os estilos para estreitar a mão
Estender o braço com a mão
esticada e a palma para baixo é o estilo
mais agressivo de iniciação da saudação,
pois não dá oportunidade à outra pessoa
de estabelecer uma relação em igualdade
de condições. Essa forma de dar a mão é
típica do macho dominante e agressivo
que sempre inicia o saudação. Seu braço
rígido e a palma para baixo obrigam o
outro indivíduo a ficar em situação
totalmente submissa, pois tem que
responder com sua palma para cima.
Oaperto de mãos "tipo luva" se chama às vezes "aperto de mãos do
político". O iniciador trata de dar a impressão de ser uma pessoa digna de
confiança e honesta, mas quando usa essa técnica com alguém que se
acaba de conhecer, o efeito é oposto.
Atrituração dos nódulos é a marca do tipo rude e agressivo.
Aintenção que se manifesta ao estender as duas mãos para o
receptor demonstra sinceridade, confiança ou um sentimento profundo
para o receptor.
Pegar na parte superior do braço transmite mais sentimento do que
pegar o pulso. E mais até transmite o tirar do ombro. Pegar no pulso e no
cotovelo é aceito somente entre amigos íntimos ou parentes. Se um
político ou um vendedor fizer isso com um eventual cliente, isso desloca o
receptor e não é bom.
7.3 MÃOS COM OS DEDOS ENTRELAÇADOS
Aprincípio pode parecer que esse é um gesto de bem-estar porque a
pessoa que o usa frequentemente está sorrindo ao mesmo tempo, e parece
feliz. Mas realmente é um gesto de frustração ou atitude hostil e a pessoa
que o faz está dissimulando uma atitude negativa. É preciso provocar
alguma ação para desenlaçar os dedos e expor as palmas e a parte
dianteira do corpo, senão permanecerá a atitude hostil.
Parece que existe uma relação entre a altura a que se sustentam as
mãos e a intensidade da atitude negativa. quanto mais altas estão as mãos,
mais difícil será o trato com a pessoa.
7.4 MÃOS EM OGIVA *
Apessoa que se tem confiança, que é superior, ou a que usa mínima
gesticulação, com freqüência faz este gesto, e com ele expressa sua atitude
de segurança. Também é um gesto comum entre os contadores,
advogados, gerentes e outros profissionais.
Aogiva para cima se usa quando esta pessoa opinando, quando é a
que fala. A ogiva para baixo se usa mais quando se está escutando.
7.5 MÃOS,BRAÇOS E PULSOS
Caminhar com a cabeça levantada, o queixo para diante e as mãos
para trás das costas são gestos comuns nos policiais que percorrem as ruas,
do diretor da escola, dos militares e de todas as pessoas que tenham
autoridade. É um gesto de superioridade e segurança. Mas não se deve
confundir esse gesto, pegando no pulso ou no braço, já que estes últimos
mostram frustração e intenção de autocontrolar-se.
*
Não consegui entender o significado de mãos em ogiva (nota da revisora).
7.6 OSGESTOS COM O POLEGAR
Em quiromancia, os polegares assinalam a força do caráter e o ego.
Ouso dos polegares na expressão não verbal confirma o anterior. Usam-se
para expressar domínio, superioridade e inclusive agressão; os gestos com
os polegares são secundários, formam parte de um grupo de gestos.
Representam expressões positivas usadas freqüentemente nas
posições típicas do gerente "frio" diante de seus subordinados.
Ohomem que corteja a uma mulher os emprega diante dela e são de
uso comum também entre as pessoas de prestígio, de alto status e bem
vestidas. As pessoas que usam roupas novas e atraentes fazem mais
gestos com os polegares do que as que usam roupas fora de moda.
Os polegares, que expressam superioridade, se tornam mais
evidentes quando uma pessoa está dando uma mensagem verbal
contraditória.
Com freqüência os polegares saem dos bolsos, às vezes dos bolsos
posteriores, como para dissimular a atitude dominante da pessoa. As
mulheres agressivas ou dominantes usam também este gesto.
Os que mostram os polegares costumam acrescentar a esse gesto o
balanço sobre os pés para dar a impressão
de ter maior estatura.
Outra posição conhecida é a dos
braços cruzados com os polegares para cima.
Éum sinal duplo pois os braços indicam
uma atitude defensiva ou negativa,
enquanto que os polegares representam
uma atitude de superioridade. A pessoa que
usa este gesto duplo está acostumado a
gesticular com os polegares e, quando está
parada, se balança sobre os pés.
Opolegar pode ser usado também como um gesto de ridículo
quando aponta para outra pessoa. O polegar que assinala deste modo
resulta irritante para a maioria das mulheres.
7.7 ASMÃOS NO ROSTO
Como se pode saber que alguém está mentindo? Reconhecer os
gestos de engano pode ser uma das habilidades mais importantes que se
pode adquirir. Quais são os sinais que delatam os mentirosos?
As posições das mãos no roso são a base dos gestos humanos para
enganar.
Em outras palavras, quando vemos, dizemos ou escutamos uma
mentira, freqüentemente tentamos tampar os olhos, a boca ou os ouvidos
com as mãos.
Quando alguém faz um gesto de levar as mãos ao rosto nem sempre
significa que está mentindo, mas indica que esta pessoa pode estar
enganando. A observação ulterior de outros grupos de gestos pode
confirmar as suspeitas. É importante não interpretar isoladamente os
gestos com as mãos no rosto.
7.7.1 O guardião da boca
Tampar a boca é um dos gestos
tão óbvios nos adultos como nas
crianças. A mão cobre a boca e o
polegar se aperta contra a bochecha,
quando o cérebro ordena, em forma
subconsciente, que se suprimam as
palavras enganosas que acabam de se
dizer. Às vezes, o gesto se faz
tampando a boca com alguns dedos
ou com o punho, mas o significado é o
mesmo. Se a pessoa que está falando
usa este gesto, denota que está
dizendo uma mentira.
7.7.2 Tocar o nariz
Ogesto de tocar o nariz é, essencialmente, uma versão dissimulada
de tocar a boca. Pode consistir em ficar roçando suavemente debaixo do
nariz ou pode ser um toque rápido e quase imperceptível.
Uma explicação da origem do gesto de tocar o nariz é que, quando a
mente tem o pensamento negativo, o subconsciente ordena à mão que
tampe a boca, mas, no último instante, para que não seja um gesto tão
óbvio, a mão se retira da boca e toca rapidamente o nariz.
Outra explicação é que mentir produz coceira nas delicadas
terminações nervosas do nariz e, para que passe, se faz necessário esfregá-
lo.
7.7.3 Esfregar o olho
Ogesto representa a tentativa do cérebro de bloquear a visão do
engano ou de evitar ter que olhar a face da pessoa a quem se está
mentindo.
Omesmo acontece com o esfregar a orelha. É a tentativa de quem
escuta de "não ouvir o mau", de bloquear as palavras de mentira. É a
versão adulta do gesto dos meninos de tampar os ouvidos com as duas
mãos para não ouvir uma reprimenda.
7.7.4 Esfregar o pescoço
Neste caso o indicador da mão direita esfrega debaixo do lóbulo da
orelha ou do flanco do pescoço. Nossas observações desse gesto revelam
algo interessante: a pessoa se esfrega umas cinco vezes. É estranho que o
faça mais ou menos vezes.
Ogesto indica dúvida, incerteza, e é característico da pessoa que diz:
"Não sei se estou de acordo". É muito notório quando a linguagem verbal
contradiz o gesto; por exemplo, quando a pessoa diz: "Entendo como se
sente".
Algumas pessoas quando dizem uma
mentira e suspeitam que foram descobertas,
realizam o gesto de puxar o colarinho da
camisa.
Se perceber isso, pode lhe pedir que
repita ou que explique novamente o que
falou.
7.7.5 Os dedos na boca
Ogesto da pessoa que fica os dedos na boca quando se sente
pressionada é a tentativa inconsciente da pessoa de voltar para a
segurança do recém-nascido que suga o peito materno. A criança substitui
opeito da mãe pelo polegar, e o adulto não fica com os dedos na boca,
mas substitui por inserir nela coisas como cigarros, lapiseiras, etc.
Embora quase todos os gestos feitos com as mãos no rosto
expressem mentira ou desilusão, meter os dedos na boca é uma
manifestação de necessidade de segurança. É adequado dar garantias e
segurança à pessoa que faz este gesto.
7.7.6 O aborrecimento
Quando o que está escutando começa
aapoiar a cabeça na mão, está dando sinais
de aborrecimento: a mão sustenta a cabeça
para tentar não dormir. O grau de
aborrecimento está em relação direta com a
força com que o braço e a mão estão
sustentando a cabeça. Um movimento
simples como o de entregar algo ao ouvinte para lhe alterar a posição
pode produzir um mudança de atitude.
Aprimeira das três figuras mostra o gesto de avaliação". A avaliação
se demonstra com a mão fechada apoiada na bochecha, em geral com o
indicador para cima.
Ogesto de passar a mão no queixo é um sinal que indica que o que o
faz está tomando uma decisão.
Quando uma pessoa fica com um objeto na boca (cigarro, lapiseira,
etc.) quando lhe pede que tome uma decisão, esse gesto indica que não
está seguro sobre a decisão a adotar e que vai a ser necessário lhe dar mas
segurança porque o objeto que tem na boca lhe faz ganhar tempo.
7.7.7. Os gestos de esfregar-se ou espalmar a cabeça
Aversão exagerada de puxar a gola da camisa é esfregar a nuca com
apalma da mão. A pessoa que faz esse gesto quando mente, em geral
evita o olhar direto e olha para baixo. Esse gesto expressa também zanga
ou frustração. Se ao mostrar um engano a alguém, essa pessoa reconhecer
oesquecimento cometido e se golpear a testa, é porque não se sentiu
intimidada por sua observação.
Se, ao contrário, se dá a palmada na
nuca, reflete que se sentiu constrangida
por você lhe haver exposto o engano.
Os que habitualmente esfregam a nuca têm tendência a ser
negativos e a criticar, enquanto que os que esfregam a testa para não
verbalizar um engano são pessoas mais abertas e com as quais se trabalha
mais facilmente.
8. Os braços defendem
8.1 OSGESTOS COM OS BRAÇOS CRUZADOS
Esconder-se detrás de uma barreira é uma resposta humana normal
que aprendemos em tenra idade para nos proteger.
Ao cruzar um ou os dois braços sobre o peito se forma uma barreira
que, em essência, é a tentativa de deixar fora de nós a ameaça pendente ou
as circunstâncias indesejáveis.
Quando uma pessoa tem uma atitude defensiva, negativa ou
nervosa, cruzar os braços demonstra que se sente ameaçada.
8.1.1 Gesto padrão de braços cruzados
Ogesto padrão é universal e expressa a mesma atitude defensiva ou
negativa, quase em todas partes.
Costuma ser visto quando a pessoa está entre desconhecidos em
reuniões públicas, filas, cafeterias, elevadores ou em qualquer lugar onde
se sinta insegura.
Quando o ouvinte cruza os braços, não somente tem pensamentos
negativos sobre o que fala mas também presta menos atenção ao que diz.
Os oradores com experiência sabem que esse gesto demonstra a
necessidade urgente de quebrar o gelo para que os ouvintes adotem
atitudes mais receptivas, por exemplo: lhe alcançar um livro, lhe fazer
alguma pergunta para que participe, etc.
8.1.2 Cruzamento de braços reforçado
Se, além de ter cruzado os braços, a
pessoa fechou os punhos, os sinais são de
defesa e hostilidade. Este grupo de gestos
se combina às vezes com dentes apertados
erosto avermelhado. Nesse caso, pode ser
iminente um ataque verbal ou físico.
8.1.3 O gesto de segurar os braços
Este estilo se observa usualmente nas
pessoas que estão na sala de espera de um
médico ou de um dentista, ou nas que
viajam de avião pela primeira vez e
esperam a decolagem. É uma atitude
negativa de restrição, como querendo
sujeitar os braços e não permitindo deixar
ocorpo exposto.
8.1.4 Cruzamento parcial de braços
Outra versão da barreira é segurar
um braço com a mão. Esta atitude é
comum nas pessoas que devem enfrentar o
publico quando recebem um título, um prêmio, ou tem que dizer umas
palavras. É como reviver a sensação de segurança que se experimentava
quando a gente era menino e os pais o levavam pela mão em situações de
temor.
8.1.5 Cruzamento de braços dissimulado
Éusado por pessoas que estão continuamente expostas ao público,
como políticos, vendedores, etc. que não desejam que o publico perceba
que estão nervosas ou inseguras. Em vez de cruzar diretamente um braço
sobre o outro, uma mão sustenta uma bolsa, segura o relógio, o punho da
camisa, etc.
Desta maneira se forma a barreira e se obtém a sensação de
segurança.
9. Expressão facial
Os sinais faciais têm um papel chave na comunicação. Basta ver
como nas conversas telefônicas a ausência destas expressões reduzem
significativamente a disposição do receptor para interpretar as mensagens.
Essas expressões são, também, os indícios mais precisos do estado
emocional de uma pessoa.
Assim interpretamos a alegria, a tristeza, o medo, a raiva, a surpresa,
oasco ou o afeto, pela simples observação dos movimentos do rosto de
nosso interlocutor.
Provavelmente, o ponto mais importante da comunicação facial
encontraremos nos olhos, o foco mais expressivo da face. O contato ocular
éum sinal chave em nossa comunicação com outros. Assim, a longitude
do olhar, quer dizer, a duração do contato ininterrupto entre os olhares,
sugere uma união de mensagens.
Acomunicação ocular é, possivelmente, a mais sutil das formas de
expressão corporal.
9.1 OSSINAIS COM OS OLHOS
Nas mesmas condições de luminosidade as pupilas se dilatam ou se
contraem segundo a atitude da pessoa. Quando alguém se entusiasma as
pupilas se dilatam até ter quatro vezes o tamanho normal. Mas quando
alguém esta de mau humor, zangado ou tem uma atitude negativa, as
pupilas se contraem Os olhos são muito usados na conquista amorosa.
Aristóteles Onassis usava óculos escuros para seus entendimentos
comerciais a fim que seus olhos não revelassem seus pensamentos.
Quando uma pessoa é desonesta ou tenta ocultar algo, seu olhar
enfrenta o nosso menos que um terço do tempo. Mas, quando alguém
sustenta o olhar mias que dois terços do tempo, acha o interlocutor
atraente ou sente hostilidade e está enviando uma mensagem não verbal
de desafio. Para conseguir uma boa relação com outra pessoa, deve-se
olhar para ela durante 60 ou 70% do tempo, assim a pessoa começa a
sentir simpatia pela outra.
9.1.1 O olhar de negócio
Quando se está falando de negócios deve-se imaginar um triângulo
na testa da outra pessoa. Então se mantém o olhar dirigido a essa zona e
não desce para baixo, e o outro perceberá que você fala a sério.
9.1.2 O olhar social
Quando o olhar vai para baixo do nível dos olhos se desenvolve
uma atmosfera social. Nos encontros sociais o olhar se dirige ao triângulo
formado entre os olhos e a boca.
9.1.3 O olhar íntimo
Percorre os olhos, passa pelo queixo e se dirige para outras partes do
corpo. Se a pessoa estiver interessada devolverá um olhar do mesmo estilo.
9.1.4 As olhadas de esguelha
Usam-se para transmitir interesse amoroso se forem combinadas
com uma elevação nas sobrancelhas e um sorriso, ou hostilidade se
combinarem com as sobrancelhas franzidas ou para baixo.
10. Gestos com as pernas
10.1 CRUZAMENTO DE PERNAS
As pernas cruzadas, como os braços cruzados, indicam a possível
existência de uma atitude negativa ou defensiva. A princípio, o propósito
de cruzar os braços sobre o peito era defender o coração e a região
superior do corpo. Cruzar as pernas é a tentativa de proteger a zona
genital.
Ocruzamento de braços assinala uma atitude mais negativa que
cruzar as pernas, e é mais evidente. Terá que tomar cuidado quando se
interpretam os gestos de cruzar as pernas de uma mulher, pois muitas
foram ensinadas que "assim se sentam as damas".
Há duas maneiras fundamentais de cruzar as pernas estando
sentado: o cruzamento padrão e o cruzamento em que as pernas
desenham um 4.
10.1.1 O Cruzamento de pernas padrão
Uma perna se cruza nitidamente por cima da outra; em geral, a
direita sobre a esquerda. Este é o
cruzamento normal para os europeus,
britânicos, australianos e neozelandeses, e
indica uma atitude defensiva, reservada
ou nervosa. Entretanto, este gesto é de
apóio a outros gestos negativos e não
deve ser interpretado isolado do contexto.
10.1.2 O Cruzamento de pernas norte-
americano em 4
Este cruzamento de pernas indica que
existe uma atitude de competência ou discussão.
Éaposição que usam os norte-americanos. Isso
significa que é um gesto de difícil interpretação
se efetuado por um norte-americano durante uma
conversa, mas é muito claro quando feito por um
súdito britânico.
Quando as pessoas não se conhecem e estão
conversando, seus corpos com braços e pernas
cruzadas estão demonstrando uma atitude fechada, enquanto que à
medida que comecem a sentir-se confortáveis e a conhecer-se, começa o
processo de abertura e adotarão uma posição mais relaxada e aberta.
10.2 CRUZAMENTO DE TORNOZELOS
Tanto o cruzar de braços como de pernas
assinala a existência de uma atitude negativa ou
defensiva, e o cruzamento de tornozelos indica
omesmo. A versão masculina do cruzamento
de tornozelos se combina freqüentemente com
os punhos apoiados sobre os joelhos ou com as
mãos segurando com força os braços da
poltrona. A versão feminina é apenas diferente:
mantêm os joelhos juntos; os pés podem
estar para um lado, e as mãos descansam
uma ao lado da outra ou uma sobre a
outra, apoiadas nos coxas.
Em uma entrevista de venda,
quando o entrevistado cruza os tornozelos
está "mordendo os lábios" mentalmente. O
gesto assinala a dissimulação de uma
atitude ou emoção negativa: nervosismo
ou temor.
10.3 CRUZAMENTO DE PÉS
É um gesto quase exclusivamente
feminino. Um pé se engancha na outra perna
para fortalecer a atitude defensiva. Quando aparece este gesto, pode estar
certo de que a mulher se fechou nela mesma, retraindo-se como uma
tartaruga em sua carapaça. Um enfoque discreto, amistoso e quente é o
que você necessita, se deseja abrir o carapaça. Esta posição é própria das
mulheres tímidas.
11. Outros gestos
11.1 ASPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS DA CABEÇA
Há três posições básicas da cabeça. A cabeça para cima é adotada
pela pessoa que tem atitude neutra em relação ao que esta escutando.
Quando a cabeça se inclina para um lado significa uma demonstração de
interesse. Quando esta cabeça inclinada para baixo assinala que a atitude é
negativa e até oposta.
11.1.1 As duas mãos atrás da cabeça
Esse gesto é típico dos contadores, advogados, gerentes de vendas
ou pessoas em geral que sentem confiança em si mesmas, ou são
dominadores, ou se sentem superiores em algum aspecto. Como se
interiormente dissessem: "talvez algum dia chegue a ser tão inteligente
como eu". É um gesto que irrita muita gente.
11.2 GESTOS DE AGRESSÃO
Com as mãos nos quadris se busca parecer maior quando se está
brigando. O casaco aberto e jogado para trás assinala uma atitude de
agressão direta, já que o indivíduo expõe o coração e a garganta em um
desdobramento não verbal de valor.
Com o gesto característico das
mãos nos quadris, e os polegares
enganchados no cinto, e localizados
cada um em ângulo com o outro
assinalam estar avaliando-se
inconscientemente, ... a conversa pode
ser cordial, mas enquanto não tirarem
as mãos dos quadris, o ambiente não
será aliviado.
12. Gestos de paquera
Oêxito de algumas pessoas em encontros sexuais com o sexo oposto,
está em relação direta com a capacidade para enviar os sinais do cortejo e
para reconhecê-los quando os recebem.
As mulheres reconhecem rapidamente os sinais do cortejo, assim
como todos os gestos, mas os homens são muito menos perceptivos e
freqüentemente são totalmente cegos à linguagem gestual.
Que gestos e movimentos do corpo as pessoas usam para comunicar
seu desejo de ter uma relação?
Aseguir mencionamos uma lista dos sinais utilizados pelos dois
sexos para atrair possíveis amantes. Dedicamos mais espaço aos sinais
femininos que aos masculinos.
Isso porque que as mulheres têm muitas mais sinais que os homens.
Quando uma pessoa se encontra em companhia de alguém do sexo
oposto, tem lugar certas mudanças fisiológicas: o tônus muscular aumenta,
como preparando-se para um possível encontro sexual, as bolsas ao redor
do rosto e dos olhos diminuem, a flacidez do corpo também diminui, o
peito projeta-se para frente, o estômago se encolhe automaticamente e
desaparece a postura encurvada. O corpo adota uma posição ereta e a
pessoa parece ter rejuvenescido.
12.1 GESTOS MASCULINOS DE PAQUERA
Como os machos de todas as espécies, o
homem se comporta com paquera quando se
aproxima uma mulher: Levará uma mão à
garganta para arrumar a gravata. Se não usar
gravata, alisará a gola da camisa, tirará algum
pó imaginário do ombro, ou arrumará a camisa,
ajaqueta ou qualquer outro objeto. Também é
possível que passe uma mão pelo cabelo.
Odesdobramento sexual mais agressivo é
adotar a postura com os polegares no cinto, que
destaca a zona genital. Também pode girar o
corpo para a mulher e deslocar um pé na
direção dela, empregar o olhar íntimo e
sustentar o olhar durante uma fração de
segundo mais do que o normal. Se realmente está interessado, as pupilas
se dilatarão.
Com freqüência adotará a postura das mãos nos quadris para
destacar sua dimensão física e demonstrará que está preparado para
entrar em ação. Se está sentado ou apoiado contra uma parede, pode
ocorrer que abra as pernas ou as estique para destacar a região genital.
As mulheres têm mais recursos e habilidades para a sedução que os
que qualquer homem possa chegar a adquirir.
12.2 Sinais e gestos femininos de paquera
As mulheres usam alguns dos gestos de paquera dos homens, como
tocar o cabelo, alisar a roupa, colocar uma mão, ou ambas, nos quadris,
direcionar o corpo e um pé para o homem, as longos olhares íntimos e um
intenso contato visual.
Também podem adotar a postura com os polegares no cinto que,
embora seja um gesto agressivo masculino, é empregado também pelas
mulheres com sua típica graça feminina: a posição de um só polegar no
cinto, ou saindo de uma bolsa ou de um bolso.
Aexcitação lhes dilata as pupilas e lhes ruboriza as bochechas.
Sacudir a cabeça: sacode-se a cabeça para jogar o cabelo para trás ou
afastá-lo do rosto. Até as mulheres com o cabelo curto usam este gesto.
Exibir os pulsos: A
mulher interessada em um
homem exibirá, pouco a
pouco, a pele suave e lisa
dos pulsos ao companheiro
em potencial. Faz
muitíssimo tempo que se
considera a zona do pulso
como uma das mais eróticas
do corpo. As palmas
também são exibidas ao
homem enquanto se fala.
Para as mulheres que
fumam, fica muito fácil
fazer o gesto sedutor de
exibir o pulso e a palma.
As pernas abertas: Quando aparece um homem, as pernas femininas
se abrem mais do que quando ele não está presente. Isso ocorre tanto se a
mulher estiver sentada como de pé, e contrasta com a atitude feminina de
se defender do ataque sexual mediante o cruzamento de pernas.
Oondulação dos quadris: Ao caminhar, a mulher acentua o
ondulação dos quadris para destacar a zona pélvica. Alguns dos gestos
femininos mais sutis, como os que seguem, são sempre usados para fazer
publicidades e vender produtos e serviços.
Os olhares de esguelha: com as pálpebras um pouco baixas, a
mulher sustenta suficientemente o olhar do homem como para que este se
dar conta da situação; logo, ela desvia o olhar. Esta forma de olhar
proporciona a sensação sedutora de espiar e de ser espiado.
Aboca entreaberta e os lábios úmidos: Os lábios podem ser
umedecidos com saliva ou cosméticos. A mulher adquire assim um
aspecto que convida à sexualidade.
Os gestos do cruzamento de pernas feminino: Freqüentemente, os
homens se sentam com as pernas abertas para exibir de forma agressiva a
zona genital. As mulheres usam diversas posições básicas do cruzamento
de pernas para comunicar a atração sexual:
Apontar com o joelho: nessa posição, uma perna se dobra debaixo
da outra e com o joelho da perna cruzada se destaca à pessoa que
despertou o interesse. É uma postura muito relaxada que tira formalidade
àconversação e em que se expõem um pouco as coxas.
Acariciar o sapato: Essa postura também é relaxada e tem um efeito
fálico ao se meter e tirar o pé do sapato. Alguns homens se excitam com
isso.
Quase todos os homens concordam em que as pernas cruzadas
tornam a mulher sentada mais atraente. É uma posição que as mulheres
usam conscientemente para chamar a atenção.
Outros sinais que as mulheres usam são: cruzar e descruzar as
pernas com lentidão frente ao homem, acariciando-se suavemente as
coxas: indicam assim o desejo de ser tocadas. Freqüentemente
acompanham esse gesto falando em voz baixa ou grave.
13. Cigarros e óculos
13.1 OSGESTOS AO FUMAR
Os gestos que se fazem ao fumar podem ter muita importância
quando se julga a atitude de uma pessoa.
Fumar cigarros, como fumar em cachimbo, é um deslocamento da
tensão interna que permite demorar as coisas. Não obstante, o fumante de
cigarros toma suas decisões mais rapidamente que o fumante de cachimbo.
Na verdade, quem fuma cachimbo precisa de mais tempo que o
proporcionado por um cigarro.
Oritual do cigarro compreende uma série de minigestos, como
golpear o cigarro, fazer cair a cinza ou movê-lo, e que indicam que a
pessoa está experimentando mais tensão que a normal.
Um sinal concreto indica se a pessoa tem uma atitude positiva ou
negativa a cada momento: a direção em que exala a fumaça. A pessoa que
tem uma atitude positiva, que se sente superior ou que confia em si
mesmo, exala para cima a maior parte do tempo. Ao contrário, quem está
em atitude negativa, de suspeita, exala para baixo quase todo o tempo.
Soprar para baixo por um lado da boca índica uma atitude de
reserva ou mais negativa. Tudo isto é válido apenas nos casos em que o
fumante não exala para cima com a finalidade de não incomodar aos
demais; nesses casos, exalará para qualquer lado.
Exalar a fumaça pelo nariz indica que a pessoa se sente segura e
superior. A fumaça vai para baixo somente pela posição das fossas nasais
eapessoa freqüentemente se joga para trás para exalar. Se a cabeça do
indivíduo está inclinada para baixo quando exala pelo nariz, está zangado
etrata de parecer feroz como um touro enfurecido.
Em geral, se utilizam os charutos para expressar superioridade
devido a seu custo e tamanho.
13.2 OSGESTOS COM OS ÓCULOS
Todos os objetos auxiliares que o homem utiliza proporcionam
oportunidades para fazer muitos gestos reveladores, e esse é o caso dos
que usam óculos. Um dos gestos mais comuns é pôr na boca a ponta de
uma haste. O ato de pôr objetos contra os lábios ou na boca representa
uma tentativa de reviver a sensação de segurança do bebê que suga o
peito da mãe, o que significa que o gesto de levar os óculos à boca é um
gesto de afirmação da própria segurança. Os fumantes usam os cigarros
com a mesma finalidade das crianças que chupam o polegar.
Os atores dos anos 20 e 30 usavam o gesto de olhar por cima dos
óculos para representar uma personalidade analítica e critica. Mas
também pode ser que a pessoa esteja usando óculos para ver de perto e
ache mais cômodo simplesmente olhar por cima deles do que tirá-los.
Olhar por cima dos óculos pode ser um grave engano, porque a
pessoa olhada se defenderá cruzando os braços, as pernas e adotando uma
atitude negativa.
Os que usam óculos devem tirá-los quando falam e usá-los
enquanto ouvem. Isso não só relaxa a outra pessoa, mas também permite
ao que usa óculos o controle da situação. O outro percebe logo que
quando aquele com quem está dialogando tira os óculos, ele não deve
interrompê-lo, e só pode falar quando a outra pessoa os põe.
14. Os indicadores
Às vezes a pessoa com a qual se está conversando adota a postura
de ter a cabeça olhando para nós mas o corpo e os pés apontando para a
saída ou para outra pessoa. Isso esta mostrando a direção que a pessoa
queria tomar. Se observar isto, deve terminar a conversa como se tivesse
tomado a decisão de finalizá-la ou procurar fazer algo que interesse ao
outro.
14.1 OSÂNGULOS E OS TRIÂNGULOS
14.1.1 Posição fechada
Quando o diálogo requer certa intimidade, o ângulo formado pelos
torsos de ambas as pessoas é menor de 90 graus.
14.2 ASTÉCNICAS DE INCLUSÃO E
EXCLUSÃO
Tanto a posição triangular aberta ou
fechada são usadas para incluir ou excluir
outra pessoa da conversa. Se a terceira
pessoa não é aceita, as outras dois
manterão a posição fechada e a única coisa
que farão será girar a cabeça para a outra
pessoa como reconhecendo sua presença e
nada mais.
Essas duas pessoas indicam com sua
postura possuir o mesmo status social e
não estar conversando sobre nada
pessoal, ... estão convidando (com o
triângulo que formam) alguém de posição
social similar aque participe do bate-papo.
14.3 OSINDICADORES NAS
PESSOAS SENTADAS
Cruzar as pernas e direcionar os
joelhos para uma pessoa é sinal de aceitação e interesse. Se a outra pessoa
está interessada, também cruzará as pernas com os joelhos na direção da
primeira. Na figura seguinte, a única maneira em que o homem da direita
poderia participar da conversa seria trazendo uma cadeira e colocando-a
em frente aos outros dois para formar um triângulo. Ou fazer alguma
outra ação que quebre a posição fechada.
15. A possibilidade de fingir
Uma pergunta que se escuta com freqüência é: "É possível fingir na
linguagem do corpo?"
Aresposta geral é "não", porque a falta de congruência se
manifestaria entre os gestos principais, os microsinais do corpo e a
linguagem falada. Por exemplo: as palmas à vista se associam à
honestidade, mas quando o farsante abre as palmas para fora e sorri
enquanto diz uma mentira, os microgestos o delatam.
Podem contrair as pupilas ou levantar uma sobrancelha, ou uma
comissura pode tremer, e esses sinais contradizem o gesto de exibir as
palmas das mãos e o sorriso "sincero". O resultado é que o ouvinte tende a
não acreditar no que o farsante está dizendo.
Amente humana parece possuir um mecanismo infalível que
registra a separação quando recebe uma série de mensagens não verbais
incongruentes. Mas existem alguns casos em que se simula uma
linguagem do corpo expressamente para ganhar certas vantagens.
16. Análise da linguagem gestual
Faz mais de um milhão de anos que o homem começou a
comunicar-se mediante a linguagem do corpo, mas só começou a ser
estudada cientificamente nos últimos vinte anos. Seu estudo se
popularizou durante a década de 70.
Charles Chapplin e muitos atores do cinema mudo foram pioneiros
das artes na comunicação não verbal; era a única forma de comunicação
disponível na tela.
Em sua forma mais pura, o mímico se comunica com uma audiência
sem uma ajuda de diálogos, canções nem narrativa falada. Os movimentos,
gestos e expressões dos atores conduzem a ação e nos contam tudo o que
devemos saber a respeito de seus sentimentos e motivos.
Os jovens estão cansados de ouvir os políticos falar de paz,
igualdade e honestidade, e em seguida vêem pobreza, fúria desatada,
fanatismo, guerra nos noticiários. Daí nasce uma desconfiança para as
palavras.
Avestimenta e o penteado se transformaram em indicações de vital
importância a respeito de atitudes éticas e políticas. Deslocamo-nos para
um período mais visual, onde o que se vê é mais importante que o que se
lê, e o que se experimenta diretamente tem muito mais valor que o que se
aprende de segunda mão.
Como conclusão podemos assinalar que os gestos são uma questão
de cultura, são algo que aprendemos inconscientemente de nosso redor.
Um exemplo é a frieza dos ingleses quanto às manifestações afetivas.
No outro extremo, encontramos os latinos, que manifestam a
afetividade habitualmente por meio de beijos, abraços e outros tipos de
expressões táteis. Embora não se considerem os norte-americanos tão frios
como os ingleses, um menino norte-americano de mais de dez anos não
beija nem abraça a seu pai.
Acomunicação é um processo de participação, uma atividade que
contém um processo complexo e heterogêneo. Estudar como se comunica
uma sociedade é estudar o sistema de seus princípios éticos e de
cooperação, de representações globais, de mitos, de gestos coletivos, de
contos fantásticos, de relações de parentesco, de rituais religiosos, de
estratégias de investigação, de mecanismos de repressão, de manifestações
artísticas, de especulações filosóficas, da organização do poder, das
instituições e constituições, das leis pelas quais se rege uma comunidade,
um povo, uma nação ou um estado.
Todos estes elementos se estudam observando a maneira de
comunicar-se das pessoas.